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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24998
EVENTOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Sistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos
Preparações Farmacêuticas
Efeitos adversos
Hospitais
Controle de Formulários e Registros
Hospitalização
Sistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos
Preparações Farmacêuticas
Hospitais
Hospitalização
Cano, Fabíola Giordani | Data do documento:
2011
Título alternativo
Adverse drug events in hospitalAutor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Introdução. Os eventos adversos a medicamento (EAM) são danos provocados pelo uso de fármacos e ocorrem especialmente em pacientes hospitalizados, onde a terapia medicamentosa é prática frequente. Objetivo. Identificar e classificar os eventos adversos a medicamentos em um hospital de ensino e estimar as suas frequência e gravidade, para oferecer elementos aos gestores do sistema de saúde que permitam monitorá-los, diminuir a sua incidência e melhorar a qualidade da atenção ao paciente. Método. Para conhecer e sintetizar o conjunto de informações publicadas sobre EAM em hospitais foi feita uma revisão sistemática da literatura. A busca de artigos foi realizada no MEDLINE e identificou estudos publicados entre 2000 e 2009. Os critérios de inclusão foram estudos em população não selecionada por patologias ou medicamentos específicos e os EAM ocorridos durante a internação. Após, foi testada a abordagem proposta pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI,) na qual os EAM são identificados com o auxílio de rastreadores. Os rastreadores testados foram aplicados em um hospital de ensino do Oeste do Paraná, com incorporação de estudantes de graduação de farmácia e de medicina, treinamento em campo, formulários e manuais padronizados. Para a aplicação da técnica foram selecionadas amostras aleatórias simples mensais de prontuários de pacientes com 15 anos ou mais de idade e com alta nos meses de janeiro a julho de 2008. Internações obstétricas foram excluídas. Os prontuários selecionados foram revistos, inicialmente, por acadêmicos dos cursos de farmácia e medicina para identificar os rastreadores. Os prontuários com rastreadores foram reavaliados por profissionais de saúde, sistematicamente, para avaliação da presença de EAM, sendo calculado o desempenho de cada um na captação de eventos, e estimada a incidência e descritas as características dos mesmos. Resultados. Os resultados foram organizados no formato de três artigos. A revisão sistemática da literatura selecionou 29 estudos nos quais a frequência de pacientes internados com EAM está entre 1,6% e 41,4% e as taxas entre 1,7 e 51,8 eventos/100 internações. Uma parte considerável desses eventos poderia ter sido evitada. No segundo artigo é apresentado o processo da aplicação dos rastreadores, e o seu desempenho em capturar EAM, em um hospital de ensino. Os rastreadores encontrados com mais frequência foram: “antiemético” (72,1/100 prontuários), “interrupção abrupta da medicação” (70,0/100 prontuários) e “sedação excessiva, sonolência, torpor, letargia, queda e hipotensão” (34,6/100 prontuários). Os mais eficientes na captura de EAM (rendimento), isto é, aqueles que uma vez identificados sinalizaram possíveis eventos foram “antagonista de benzodiazepínico”, “antidiarréicos” e “rash cutâneo”. Os EAM mais encontrados foram relacionados aos rastreadores “interrupção abrupta da medicação” (8,3/100 prontuários), “antiemético” (4,6/100 prontuários) e “rash cutâneo” (2,1/100 prontuários). No terceiro artigo é apresentada a incidência dos EAM e sua caracterização. Nas 240 internações avaliadas, foram identificados 44 EAM (18.3 EAM/100 pacientes) em 35 (14,6%) pacientes. Os eventos identificados variaram de eventos de menor gravidade, tais como vômito, até eventos graves, como hipoglicemia prolongada. Verificou-se a associação positiva entre o uso de 10 medicamentos ou mais com a ocorrência de EAM (RP = 1,11; IC95%: 1,02-1,20) e com o tempo de internação entre 5 e 6 dias (RP = 1,21; IC95%: 1,03-1,22) e 11 dias ou mais (RP = 1,11; IC95%: 1,09-1,35). Conclusão. A técnica demonstrou-se aplicável no hospital estudado. A proporção de 14,6% de pacientes com EAM está dentro da faixa encontrada na literatura internacional e as informações geradas pela aplicação do método podem contribuir e direcionar estratégias de melhoria da qualidade no uso de fármacos no ambiente hospitalar.
Palavras-chave
Monitoramento de MedicamentosSistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos
Preparações Farmacêuticas
Efeitos adversos
Hospitais
Controle de Formulários e Registros
Hospitalização
DeCS
Monitoramento de MedicamentosSistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos
Preparações Farmacêuticas
Hospitais
Hospitalização
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