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Sustainable Development Goals
09 Indústria, inovação e infraestruturaCollections
- ENSP - Artigos de Periódicos [2350]
Metadata
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EXISTEM BOAS RAZÕES PARA SE TEMER A BIOTECNOCIÊNCIA?
¿Hay buenas razones como para temer la biotecnociencia?
Schramm, Fermin Roland | Date Issued:
2010
Alternative title
Are there good reasons for fearing biotechnoscience?¿Hay buenas razones como para temer la biotecnociencia?
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
O artigo parte da constatação de que nas atuais discussões sobre a sociedade do risco globalizado existe uma confusão conceitual entre um estado potencial de risco e um estado atual de perigo e dano. Vincula essa confusão conceitual ao medo difuso e generalizado – chamado medo globalizado – e considera que esse medo tem um poder que implica dispositivos biopolíticos e de biopoder, supostamente capazes de nos proteger contra vários tipos de ameaças implicadas pela sociedade do risco globalizado, mas que podem ser vistos, também, como meios para instaurar um estado de exceção onde as liberdades fundamentais são de fato suspensas e desrespeitadas. Considera, também, que, junto ao fenômeno da globalização e do poder do medo que o acompanha, surgem reações de desconfiança perante os supostos benefícios da biotecnociência, que seriam, na realidade, prejudiciais ao bem-estar humano, isto é, autênticos malefícios. Assim sendo, propõe uma desconstrução dessa percepção para poder abordar, de maneira racional e imparcial, as implicações morais da vigência do paradigma biotecnocientífico na sociedade atual. Apresenta os argumentos a favor e contrários ao uso da biotecnociência, destacando o papel da bioética na análise da moralidade da biotecnociência, perguntando se a vigência do paradigma biotecnocientífico pode ser considerada algo desejável ou não e, se sim, por quem, para quem e para quê.
Abstract
The present paper is the result of the verification that in today’s society, of globalized risk, there is a conceptual confusion between a potential state of risk and the existing one of danger and damage. The paper also links such conceptual confusion with that of a diffuse and generalized fear – the so-called globalized fear – taking into account that this fear has the power to implicate biopolitical and biopower dispositives, supposedly capable to protect us from several threats posed by the society of globalized risk. Notwithstanding, these same dispositives might also contribute to the rise of a state of exception where fundamental freedoms are, in fact, suspended and not respected. It also claims that, added to the phenomenon of globalization and that of the power of fear, there are also reactions of distrust to the supposed benefits of the biotechnoscience, which, could be seen as harmful to the human welfare, i.e., as really maleficent. Thus, the present paper proposes the deconstruction of such perception in order to approach, in a rational and impartial way, the moral implications of the force of the biotechnoscientific paradigm in today’s society. It also introduces pros and cons arguments for the benefit of biotechnoscience, highlighting the role of bioethics, in its analysis of biotechnoscience’s morality, and asks whether or not biotechnoscience might be considered as something desirable or not. If yes, by whom, for whom, and for what purpose.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
El artículo parte de la constatación que en las actuales discusiones sobre la sociedad del riesgo globalizado existe una confusión conceptual entre un estado potencial de riesgo y un estado actual de peligro y daño. Vincula esta confusión con-ceptual al miedo difuso y generalizado – llamado miedo globalizado – y considera que este miedo tiene un poder que lleva a dispositivos biopolíticos y de biopoder, supuestamente capaces de nos proteger contra varios tipos de amenazas implicadas por la sociedad del riesgo globalizado, pero que pueden implicar en la instauración de un estado de excepción donde las libertades básicas son de hecho suspendidas y no respectadas. Considera también que, junto con el fenómeno de la globalización y del poder del miedo que lo acompaña, aparecen reacciones de difidencia que atañen a las supuestas ventajas de la vigencia del paradigma biotecnocientífico, que serían, en realidad, dañosas al bienestar humano, es decir, auténticos maleficios. Siendo así, propone una desconstrucción de esta percepción para poder acercarse, de manera racional e imparcial, a las implicaciones morales de la vigencia del paradigma biotecnocientífico en la sociedad actual. Presenta los argumentos en favor y contrarios al uso de la biotecnociencia, destacando el papel de la bioética en el análisis de la moralidad de la biotecnociencia y preguntando si la validez del paradigma biotecnocientífico puede ser considerado algo deseable o no, y se sí, por quién, para quién y para que.
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