RADIS: Comunicação e Saúde, número 181, outubro

Abstract

As lutas feministas reconhecem as múltiplas formas de discriminação que as mulheres enfrentam, especialmente aquelas que são pobres, negras, indígenas, lésbicas, trans ou têm baixa escolaridade. Estas formas de opressão se refletem na saúde das mulheres, exacerbando as desigualdades de vida. A segunda Conferência Nacional de Saúde das Mulheres enfatizou a importância da diversidade identitária para compreender e transformar a realidade, defendendo direitos sob ataque e propondo políticas de proteção à saúde. O evento debateu temas como a legalização do aborto, o desmantelamento da saúde pública e a violência contra as mulheres, incluindo o feminicídio. A violência, seja ela machismo, sexismo ou misoginia, permeia as relações interpessoais e de trabalho das mulheres, afetando suas vidas diárias. Além disso, foram destacadas outras questões, como a intolerância religiosa, o desrespeito aos direitos humanos e a sustentabilidade ambiental. O documentário "Eu + 1: uma jornada de saúde mental na Amazônia" evidencia o sofrimento dos afetados pela construção da hidrelétrica de Belo Monte e o engajamento de voluntários na região do Xingu para lidar com as consequências sociais e ambientais do projeto.