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Tipo de documento
PeriódicoDireito Autoral
Acesso aberto
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RADIS - NÚMERO 129 - JUNHO
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca | Data do documento:
2013
Instituição responsável
Resumo
O texto destaca a diferença entre modernização e desenvolvimento urbano, argumentando que muitos projetos imobiliários, industriais e viários nas cidades brasileiras não promovem verdadeiro desenvolvimento, mas, ao contrário, segregam e excluem comunidades. O epidemiologista Paulo Sabroza sugere que o desenvolvimento real ocorre de dentro para fora, de baixo para cima na sociedade, integrando as populações nos projetos urbanos.
O autor critica ações governamentais e privadas que, sob o pretexto de revitalizar áreas ou preparar cidades para grandes eventos, causam degradação ao atropelar histórias familiares, instituições sociais e modos de vida locais. O processo de gentrificação, que expulsa a população local em favor de negócios ou residências sem identidade local, é mencionado, assim como a remoção de pessoas indesejadas para dar lugar a novos empreendimentos. Além da perda de direitos, a população afetada enfrenta tensões, incertezas, fragmentação social e desigualdade, impactando a qualidade de vida e saúde. A "desterritorialização" e a "anomia" são descritas como fontes de sofrimento agudo e diversas doenças, como tristeza, isolamento social e depressão. O texto destaca casos específicos em Recife, Salvador e Rio de Janeiro, onde comunidades resistem à remoção organizando-se em movimentos sociais. Essas comunidades buscam assegurar que suas vozes sejam ouvidas e que possam influenciar as decisões que afetam seus destinos, considerando isso essencial para a construção da democracia, segundo o pesquisador Marcelo Firpo.
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