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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20062
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JOSÉ BASTOS DE ÁVILA E AS PESQUISAS EM ANTROPOLOGIA FÍSICA NO MUSEU NACIONAL (1928-1938)
Gonçalves, Assis da Silva | Data do documento:
2011
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
O presente trabalho procura reconstituir a trajetória de José Bastos de Ávila no Museu Nacional do Rio de Janeiro entre os anos de 1928 e 1938. As pesquisas de Ávila fazem parte dos estudos de antropologia física realizados no Museu Nacional desde o século XIX. O autor está inserido em um movimento de afastamento das teses deterministas em voga desde fins deste século que desqualificavam os mestiços e os não europeus. Ávila, juntamente com Roquette-Pinto, faz parte de uma corrente da antropologia física antirracista e defensora da mestiçagem no Brasil que surgiu no Museu Nacional em meados da década de 1920. Em suas pesquisas, Ávila pensou o Brasil através da perspectiva de raça e mestiçagem. A partir de pesquisas antropométricas, principalmente em estudantes, constatou que o problema do país não residia na mestiçagem, mas sim nas más condições de saúde, higiene e educação da população. A trajetória do autor é bastante diversificada, tratando de vários temas da área da antropologia física: inicia com pesquisas acerca da morfologia e anatomia humana, volta seus interesses para a pesquisa antropométrica em estudantes, realiza uma expedição científica a Minas Gerais, conduz outras pesquisas morfológicas e, por fim, retoma o trabalho com escolares. Nesse percurso, ainda participou do 1º Congresso Afro-Brasileiro do Recife em 1934 e escreveu um romance, No Pacoval de Carimbé, premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1933
Resumo em Inglês
This work seeks to reconstruct José Bastos de Ávila’s trajectory at the National Museum of Rio de Janeiro between the years 1928 and 1938. Avila's research studies are part of physical anthropology at the National Museum since the nineteenth century. The author is part of a movement away from deterministic theories in vogue since the late nineteenth century that disqualified mestizos and non-Europeans. Ávila, along with Roquette-Pinto, is part of a physical anthropology anti-racist’s current that advocate miscegenation in Brazil (this current emerged in the National Museum in the mid-1920s). In his research Ávila thought Brazil through the perspective of race and miscegenation. Across anthropometric researches, mainly with schoolchildren, he found that the problem of this country was not in miscegenation, but in population’s bad health, hygiene and education. Ávila's career is very diverse, dealing with various issues in the field of physical anthropology: start with research on the morphology and anatomy, his interests back to the anthropometric survey in schoolchildren, conducts a scientific expedition to Minas Gerais, leads other morphological studies and, finally, returning to work with schoolchildren. In this way he still participated in the 1st Afro-Brazilian Congress in Recife in 1934 and wrote a novel, No Pacoval de Carimbé, awarded by the Brazilian Literary Academy in 1933.
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