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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17323
IMAGENS DE PARADOXOS
Monteiro, José Carlos | Data do documento:
2013
Autor(es)
Afiliação
Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e Comunicação Social. Niterói, RJ, Brasil.
Resumo
As imagens fílmicas e fotográficas de Cinematógrafo Brasileiro em Dresden (*) suscitam várias reflexões, algumas de ordem cultural, outras de natureza social, e em ambas as linhas deparamos paradoxos. O paradoxo inicial nos remete a um contexto (o da Europa) e a uma época (o século XVI) que, à primeira vista, parecem não ter relação com o objeto do Cinematógrafo (o combate à febre amarela e à doença de Chagas, no Brasil do início do século XX). Mas são visíveis as conexões entre a riqueza européia e a miséria brasileira. Ambas (a riqueza e a miséria) se entrelaçam na órbita das “estruturas de conhecimento” – estruturas nas quais o pensamento científico aparece como sinônimo de progresso (europeu) e o atraso como expressão da terra brasilis. É irrefutável a superioridade da cultura e do sistema de valores do Velho Mundo sobre as de outras partes (o mundo chinês, hindu ou árabe) – e sobretudo o Novo Mundo, que no século passado ainda se encontrava na periferia do processo civilizacional.
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