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Sustainable Development Goals
02 Fome zero e agricultura sustentável16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL: ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA EM SAÚDE
Estado Nutricional
População Indígena
Políticas Públicas de Saúde
Brasil
Health Public Policy
Nutritional Status
Nutritional Surveillance System
Caldas, Aline Diniz Rodrigues | Date Issued:
2010
Alternative title
Food and nutritional surveillance for indigenous peoples in Brazil: analysis of the construction of a public healthAdvisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Em 1999 foi criada a Política Nacional de Saúde Indígena, estabelecendo um
subsistema de atenção à saúde articulado ao SUS. Sob gestão da Fundação Nacional de
Saúde, foram criados 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). A partir de
2003, frente à escassez de informações confiáveis sobre a situação alimentar e
nutricional dos povos indígenas, aliada a evidências oriundas de estudos acadêmicos
que apontavam para problemas de sustentabilidade alimentar e elevadas prevalências de
desnutrição em diversas sociedades indígenas, a FUNASA implantou um sistema de
vigilância alimentar e nutricional (SISVAN) no subsistema. Esta dissertação é um
estudo de abordagem qualitativa baseado em modelos de análise de políticas públicas
(em particular na proposta analítica de John Kingdon), sobre a concepção do SISVAN
no subsistema de saúde indígena. As fontes de dados consistiram em documentos
relacionados à Política Nacional de Saúde Indígena e ao SISVAN Indígena, artigos
disponíveis na literatura científica sobre o perfil nutricional e de saúde dos povos
indígenas, sobre sistemas de vigilância alimentar e nutricional. O modelo de análise
proposto por Kingdon se concentra nas fases iniciais do ciclo da política pública, quais
sejam a fase de construção da agenda governamental e a de especificação de alternativas
de políticas. Buscou-se responder quais condicionantes levaram os gestores do
subsistema a reconhecer os déficits nutricionais dos povos indígenas como problema de
saúde pública e a escolha do SISVAN como alternativa de solução. Os processos
analisados evidenciaram que, na convergência de um fluxo de problemas com ambiente
político favorável, abriu-se uma janela de oportunidade para a questão da insegurança
alimentar e nutricional dos povos indígenas ser reconhecida como problema e ascender
à agenda de decisão governamental. Como alternativa viável de política na área de
saúde, os gestores elegeram o SISVAN, proposta já difundida internacionalmente e que
no Brasil foi incorporada ao SUS a partir de 1990. O SISVAN foi formalizado em 2006
no subsistema de saúde indígena em nível nacional. Por meio de dados gerados pelos
serviços, o sistema atualmente acompanha o estado nutricional de aproximadamente
58% das crianças indígenas menores de cinco anos em todo Brasil. A partir da sua
implementação nos DSEI, diversas estratégias de intervenção nutricional estão sendo
realizadas com o objetivo de melhorar o estado nutricional e de saúde desses povos.
Abstract
The Brazilian National Policy on Indigenous Health was established in 1999. This
policy created a specific health system aimed at indigenous peoples, yet articulated with
the National Unified Health System (SUS). The National Health Foundation
(FUNASA) was the federal institution to which the implementation of the new
indigenous health policy was assigned to. As part of the implementation process of the
new policy, 34 health districts (known as Distritos Sanitários Especiais Indígenas -
DSEI) were established in 1999. In 2003, FUNASA created a nutritional surveillance
system aimed at indigenous peoples, known as SISVAN Indígena. The creation of this
surveillance system was justified on the basis of the lack of reliable information on the
dietary and nutritional situation of indigenous peoples in Brazil, coupled with
epidemiological evidences derived from academic research which pointed out to
problems of dietary sustainability and high rates of undernutrition in these societies.
This thesis analyses the implementation of SISVAN Indígena. The study is mainly
based on the model of public policy making proposed by John Kindgon. This analysis
uses information derived from governmental documents related to the Brazilian
National Policy on Indigenous Health and on SISVAN. Other sources included
scientific publication on the health and nutritional profiles of indigenous peoples in
Brazil as well as on nutritional surveillance systems. The model proposed by Kingdon
focuses on the initial phases of the process of public policy making, that is, agenda
setting and specification of alternatives from which a choice is to be made. One of the
goals of this study was to identify which factors led FUNASA administrators to
recognize the nutritional deficits of indigenous peoples as a major health problem and
the choice of SISVAN as an alternative to tackle it. The results show that three separate
streams flowing through the policy system came together at a critical time. First, the
problem of the high levels of undernutrition in indigenous children was recognized
(problem stream); second, SISVAN, an strategy already in use in Brazil and which was
originally proposed by FAO/WHO/UNICEF in the 1970s, was chosen (policy stream);
third, a political change took place in the period, which was the recognition of hunger as
an important social problem in the country (politic stream). The coupling of these three
streams created the conditions for SISVAN to become part of the new health system
aimed at indigenous peoples. According to FUNASA, by 2010, 58% of the indigenous
children under five years of age were being monitored by SISVAN Indígena. New
initiatives aimed at improving the nutritional and health conditions of indigenous
peoples are being implemented at the DSEI as part of SISVAN Indígena.
Keywords in Portuguese
Índios Sul AmericanosEstado Nutricional
População Indígena
Políticas Públicas de Saúde
Brasil
Keywords
Indigenous Peoples in BrazilHealth Public Policy
Nutritional Status
Nutritional Surveillance System
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