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CIÊNCIA À VISTA: UM MÉTODO LÚDICO E INTERATIVO DE DIVULGAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Resumo
O reconhecimento da necessidade de democratização do saber científico tem sido demonstrado pelo crescente movimento de criação de espaços e práticas destinadas à apresentação da ciência ao público, através de ambientes museológicos ou materiais educativos e visitas a instituições de pesquisa e universidades. Em 2001 a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) desenvolveu o jogo “Trilhas do Rio”, com o objetivo de divulgar as instituições que produzem e incentivam a ciência no Estado do Rio de Janeiro/Brasil, através de baralhos e um mapa do Estado e da cidade do Rio de Janeiro. A partir disso, surgiu a necessidade de se criar um material lúdico voltado para a popularização da ciência também em Minas Gerais, grande produtora de conhecimento no país. Criou-se então o material intitulado “Ciência à Vista/MG”, um jogo de cartas e tabuleiro. Nesse jogo há cartas sobre as instituições promotoras da ciência no Estado de Minas Gerais, além de baralhos com informações sobre cientistas que se destacaram na produção científica nacional. Criou-se também outros dois grupos de baralho: Áreas do Conhecimento e Cartas-Problema. As informações foram obtidas em biografias e depoimentos sobre os cientistas e textos informativos sobre as instituições e as principais áreas de conhecimento. Foram realizados alguns testes preliminares com o público alvo (jovens a partir de 15 anos), para descobrir uma melhor dinâmica de jogo e adaptação da linguagem à faixa etária. Após uma seleção prévia das cartas e textos, chegou-se aos seguintes componentes: tabuleiro, dividido em cinco etapas (Iniciação Científica Júnior, Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado) com informações sobre cada etapa do processo de formação científica; roleta; 300 cartas-imagem (com ilustrações
relativas às categorias); 300 cartas-dica (dicas sobre as categorias) a serem lidas pelos outros jogadores; peões e 100 cartas-problema (questões sobre ciência em geral), a serem retiradas em partes específicas do jogo. Cada jogador retira uma carta-imagem do monte de baralhos, mostrando para os demais participantes, que lêem dicas para ele sobre a carta escolhida. Ao adivinhar qual é a carta, o jogador anda um determinado número de casas, percorrendo todo o processo de formação científica até o fim. O jogo termina quando um jogador se forma no Pós-Doutorado. Estão sendo realizadas entrevistas com estudantes de Belo Horizonte, afim de avaliar sua percepção de ciência e cientista evocados pelo jogo e contribuições para orientação profissional. As avaliações feitas até então têm demonstrado que a produção do jogo “Ciência à Vista” atende aos objetivos propostos de promover a divulgação científica de forma lúdica e interessante, por trazer linguagem, ilustrações e dinâmica de jogo atrativos para jovens e adolescentes Além disso, surgem outras perspectivas para avaliações posteriores do material, como: 1)influência na Orientação Profissional de jovens, por conter informações relevantes sobre a realidade ocupacional; 2)contribuição para o aprendizado, por abordar problemas cotidianos, relativos às várias áreas do conhecimento; 3) ampliação do conhecimento sobre o processo de formação científica, possibilitado pelas informações existentes no tabuleiro. A produção desse material pode trazer, ainda, subsídios para a realização de projetos semelhantes em outros estados e países.
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