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ArtigoDireito Autoral
Acesso aberto
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- COC - Artigos de Periódicos [1106]
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O “IMPERSCRUTÁVEL VÍNCULO” CORPO E ALMA NA MEDICINA LUSITANA SETECENTISTA
Título alternativo
The “inscrutable bond” body and soul in the lusitanian eighteenth-century medicineAfiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Este artigo discute a emergência do discurso médico sobre questões relativas ao comportamento transgressor no contexto intelectual lusitano do século XVIII, através das obras Dissertação sobre as paixões da alma (1753), de Antonio Ribeiro Sanches (1699-1783), e Medicina Theologica (1794), de Francisco de Melo Franco (1757-1823). Ambas escritas e publicadas durante as reformas ilustradas em Portugal, no período que se estende entre o consulado pombalino e o reinado mariano. Calcadas em referenciais filosóficos de matriz racional-empirista, os respectivos autores se utilizam de um vocabulário médico que se renovava através dos debates entre correntes vitalistas, animistas e mecanicistas, para interpelar os discursos tradicionais, sobretudo o Direito e a Teologia, e reivindicar a legitimidade do discurso médico para tratar da alma como um objeto próprio à sua jurisdição.
Resumo em Inglês
This paper discusses de emergency of the medical discourse on issues regarding the transgressor behavior in the Lusitanian intellectual context of the eighteenth century, through the works Dissertação sobre as paixões da alma (1753) by Antonio Ribeiro Sanches (1699-1783) and Medicina Theologica (1794) by Francisco de Melo Franco (1757–1823). Both written and published during the enlightened reforms in Portugal, in the period extending from the Pombal’s consulate and the reign of D. Maria I. Based on rational-empiricist philosophical references, both authors have used an renewed medical vocabulary, which was being forged at that time through the intense debates between vitalists, animists and mechanicists, among others medical circles, to question the traditional discourses, especially Law and Theology, and claim for the legitimacy of the Medicine to treat the human soul as part of its own jurisdiction.
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