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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13932
Tipo de documento
TeseDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
03 Saúde e Bem-Estar08 Trabalho decente e crescimento econômico
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O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE: IMPLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO E DA SUPERVISÃO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Supervisão em saúde
Trabalho em saúde
Agente comunitário de saúde
Gestão em saúde
Health surveillance
Health work
Community health agent
Management in health
Gestão em Saúde
Saúde da Família
Educação em Saúde
Trabalho
Serviços de Saúde Comunitária
Atenção Primária à Saúde/recursos humanos
Fonseca, Angélica Ferreira | Data do documento:
2013
Título alternativo
The work of community health agents: implications for the evaluation and supervision in health educationAutor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A inserção do Agente Comunitário na Estratégia Saúde da Família traz as marcas de um processo histórico tensionado por visões que, ora enfatizam sua atuação como mobilizador social _ incorporando o processo saúde doença como referente _ e ora enfatizam, em sua atuação, o caráter de reprodução das práticas pautadas pelo modelo biomédico aliado à vigilância. A intensidade com que essas vertentes de pensamento influenciam o processo de trabalho do ACS varia em função de elementos dos contextos históricos e das práticas locais. No presente estudo, buscamos compreender e discutir os sentidos que vem sendo construídos sobre o trabalho do ACS, produzidos por duas tecnologias de gestão: a avaliação e a supervisão. Assumimos a avaliação como uma prática que tem uma dimensão de positividade, ou seja, não apenas incide sobre as práticas para efetivar um julgamento, mas ela mesma contribui para a construção de realidades ao estabelecer maior ou menor valor sobre algumas ações. A supervisão seria um espaço de coordenação, direcionamento e discussão sobre o processo de trabalho. Ambas, avaliação e supervisão, são práticas sociais cujas trajetórias são igualmente tensionadas por perspectivas que as aproximam de uma ação mais emancipatória ou mais controladora. Metodologicamente nos orientamos pelos referenciais da etnografia. No estudo de campo, realizado em uma clinica da família do Rio de Janeiro, aliamos a observação participante e a realização de entrevistas. Nossa análise nos permite indicar que a coesão produzida entre a política da atenção primária em saúde, as prioridades definidas com base em indicadores quantitativos e as práticas na unidade de saúde, tem potencializado uma ação voltada para o controle das doenças.
No que diz respeito ao trabalho do ACS, seu processo está configurado de modo parcelar, onde prevalece uma perspectiva simplificadora da educação em saúde, submetida a uma lógica utilitarista e orientada pela prevenção de agravos. A atuação com essa vertente tem sido fortalecida pela gestão baseada em metas e na avaliação limitada ao monitoramento. Embora o que seja projetado para a supervisão aponte para a criação de espaços de discussão do processo saúde-doença e do trabalho em saúde, na prática, sobressai sua intervenção como dispositivo de controle das ações que reiteram a lógica instituída a partir da avaliação/monitoramento.
Resumo em Inglês
The insertion of the Community Agent in the Family Health Strategy bears the marks of a historical process tensioned by visions that at times emphasize the agents' role as social mobilizers - incorporating the health-disease process as a reference -, while at others stress the reproduction of practices guided by the biomedical model coupled with surveillance in their work. How intensely these lines of thought influence the CHAs’ work process varies based both on historical contexts and on local practices. In this study, we sought to understand and discuss the meanings that have been built surrounding the CHAs' work, as produced by two management technologies: evaluation and supervision. We consider evaluations as a practice that has a dimension of positivity, i.e., not only do they incur in practices that enable making a judgment, but also contribute to building realities by attributing greater or lesser value for certain actions. Supervision, in turn, is a space for coordination, guidance and discussion concerning the work process. Both evaluation and supervision are social practices whose histories are equally tensioned by perspectives that draw
them closer to a more emancipatory or a more controlling action. Methodologically, we were guided by ethnographic benchmarks. In the field
study, conducted at a family clinic in Rio de Janeiro, we combined participant observation and interviews. Our analysis allows us to point out that the cohesion produced by the primary health care policy, the priorities set based on quantitative indicators, and the practices carried out at the health unit have leveraged actions focused on disease control. With regard to the work of the CHAs, its process is configured in such a manner as to be fragmented, and under it prevails a simplifying view of health education that subject to a utilitarian logic driven by disease prevention. Performance under this line has been strengthened by a management approach that is based on targets and on evaluation limited to monitoring. Although what is projected for supervision points to creating spaces to discuss the health-disease process and the work in health, in practice what dominates is its intervention as a device for controlling the actions that reiterate the logic established based on evaluation/supervision.
Palavras-chave
Avaliação em saúdeSupervisão em saúde
Trabalho em saúde
Agente comunitário de saúde
Gestão em saúde
Palavras-chave em inglês
Health assessmentHealth surveillance
Health work
Community health agent
Management in health
DeCS
Avaliação em SaúdeGestão em Saúde
Saúde da Família
Educação em Saúde
Trabalho
Serviços de Saúde Comunitária
Atenção Primária à Saúde/recursos humanos
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