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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12356
DIÁLOGO, DIREITO E VÍNCULO NA GARANTIA DA INTEGRALIDADE EM SAÚDEVISIBILIDADE PARA AS PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO NOS ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS DE MULHERES NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Sistema Único de Saúde
Políticas Públicas de Saúde
Schneider, Marco André Feldman
Encarnação, Juliana Lofêgo | Data do documento:
2015
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
As práticas de comunicação, que compreendem diálogo, participação, produção, circulação e apropriação de informações, são observadas nas interações sociais relacionadas às experiências de adoecimento de mulheres no controle do câncer de colo de útero em um contexto da Região Norte do Brasil, onde há alta incidência e mortalidade. A pesquisa enfoca a perspectiva dialógica da comunicação, em que as ideias de vinculação e vínculo surgem como objeto, em um eixo transdisciplinar que possibilita a integração entre teoria e prática, identificando a dialogia como elemento constituinte das relações sociais, culturais, políticas onde ocorrem disputas simbólicas. Como desdobramento, traz reflexões sobre o direito à comunicação e suas implicações no direito humano à saúde. O direito à comunicação tem nos estudos do diálogo a base teórica e referência para um processo bidirecional e democrático, que inclui participação na construção de políticas públicas. As experiências e contextos estão interligados ao tripé de conceitos - diálogo, direito e vínculo \2013 que se configuram como nexos constitutivos e constituintes da integralidade em saúde, cuja aplicabilidade no cotidiano da gestão e dos serviços de saúde está no reconhecimento dos usuários como sujeitos políticos. O diálogo envolve reciprocidade, por meio da qual as pessoas apreendem e reelaboram discursos, direito implica visibilidade para as demandas e o acesso a espaços e meios para exercer a cidadania e o vínculo se materializa pela compreensão das necessidades e respeito aos saberes das pessoas
Duas questões orientaram a pesquisa: uma de natureza teórica-epistemológica, visa a compreensão da comunicação em diferentes aspectos e contextos, com costura teórico-prática no campo da comunicação em saúde; outra, metodológica, foi a aposta em uma estratégia para relacionar as práticas de comunicação com o direito à saúde, tanto no cotidiano das mulheres nos serviços de saúde quanto nas ações da política pública. A estratégia metodológica utilizada foram os itinerários terapêuticos, no acompanhamento de relatos sobre a busca por cuidado com 16 usuárias do Sistema Único de Saúde. Também foram realizadas entrevistas com 15 gestores dos âmbitos nacional, estadual e municipal. As usuárias narram experiências em que a dificuldade em serem ouvidas e consideradas \2013 base do direito à comunicação \2013 interfere na garantia do direito à saúde. O uso instrumental da comunicação é naturalizado no cotidiano das unidades e instituições de saúde, não evidenciam aspectos políticos ou interesses que perpassam as práticas, que são baseadas principalmente na transferência de informação sobre normas ou procedimentos para usuários. Embora haja espaços e discursos abertos à participação dos usuários, as políticas públicas e os serviços não costumam incluí-los na construção e avaliação de orientações ou ações. Ressalta-se a responsabilidade do profissional da comunicação em saúde com os cidadãos no cotidiano, na visibilidade de suas necessidades e ampliação de espaços de diálogo, repensando as próprias práticas como lugar de reflexão e transformação
Resumo em Inglês
Communication practices, which include dialogue, participation, production, circulation and apropriation of information, are observed in social interactions related to women's experiences of illness in the control of uterine cervix cancer in Northern Brazil, where there is high incidence and mortality. The research focuses a dialogic approach in communication studies, in which the human link appear as an object. In a transdisciplinary axis that enables integration between theory and practice, dialogy is identifying as a constituent element of social, cultural, political relations where symbolic disputes occur. This reflects on the communication rights and its implications in human right to health. The right of communication has in dialogue studies the theoretical basis and reference for a bidirectional and democratic process, which includes participation in the construction of public policies. The background and experiences are linked to the tripod concepts - dialogue, law and linkage - which are constituent of health integrality. The applicability in management and health services everyday is in recognition of users as political subjects. The dialogue involves reciprocity through which people perceive and elaborate discourses, right includes visibility for the demands and access to spaces to exert citizenship and human link is materialized by understanding the needs and respect for people´s knowledge. Two questions guided the research: one theoretical and epistemological nature, linking theories and practices in order to understand the communication in different aspects and contexts in the field of communication and health; another, methodological, invests on a strategy to relate the communication practices with the right to health, both in the daily lives of women users of health services and in the public policies. The methodological approach strategy followed therapeutic itineraries, monitoring reports about illness and care with 16 users of the Brazilian Unified Health System. It was interviews with 15 managers of the national, state and municipal health systems. Users tell of experiences in which the difficulty in being heard and considered - base of communication rights - interfere with the guarantee of their right to health. The instrumental use of communication is naturalized in the daily units and healthcare institutions, do not show political aspects or interests that underlie the practices, which are mainly based on the transfer of information on standards or procedures for users. Although there are speeches open to user participation, public policies and services tend not to include them in the construction and evaluation guidelines or actions. The responsibility of professional health communicators is emphasized in daily life, in the visibility of needs and expansion of opportunities for dialogue, rethinking the practices itself as space for reflection and transformation.
DeCS
Comunicação em saúdeSistema Único de Saúde
Políticas Públicas de Saúde
Schneider, Marco André Feldman
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