Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62827
DERIVAÇÃO VENTRÍCULO BILIAR COMO ALTERNATIVA NA FALHA PERITONEAL: EXPERIÊNCIA NO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA
Moreira, Alick Durão | Date Issued:
2024
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A derivação ventrículo-peritoneal (DVP) é considerada o tratamento de escolha para a hidrocefalia não obstrutiva. Apesar dos avanços em materiais, técnicas de prevenção de infecção e tecnologias de válvulas, a falha da DVP ainda é uma realidade clínica. Este estudo tem como objetivo apresentar a experiência de um Centro de Referência em neurocirurgia pediátrica no Rio de Janeiro com o uso da derivação ventrículo-biliar (DVB) como alternativa à falha peritoneal em pacientes com hidrocefalia. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de janeiro de 2018 a dezembro de 2023, incluindo pacientes diagnosticados com disfunção da derivação do líquido cefalorraquidiano devido à falha peritoneal e submetidos à derivação ventrículo-vesicular como alternativa em um Centro de Referência no Rio de Janeiro. Resultados: No período analisado, 18 casos de falha peritoneal foram diagnosticados. Desses, 10 pacientes (55,5%) foram selecionados para a DVB. A hidrocefalia teve diferentes etiologias nos pacientes. A DVB foi realizada com uma idade média de 35,4 meses. Quatro pacientes apresentaram complicações temporárias: duas diarreias autolimitadas no primeiro mês pós-operatório e duas infecções da derivação. Após o tratamento da infecção, uma nova DVB foi implantada com sucesso. O acompanhamento médio foi de 18,8 meses (variando de 9 a 68 meses) sem novas intercorrências. Conclusão: A DVB demonstra ser uma alternativa viável para pacientes com falha peritoneal em decorrência da hidrocefalia. Este estudo fornece informações valiosas sobre a técnica cirúrgica e os resultados associados a essa opção terapêutica, destacando seu potencial como solução para um problema desafiador no manejo da hidrocefalia.
Abstract
Introduction: Ventriculoperitoneal shunt (VPS) is considered the gold standard treatment for non-obstructive hydrocephalus. Despite advances in materials, infection prevention techniques, and valve technologies, VPS failure remains a clinical reality. This study aims to present the experience of a Pediatric Neurosurgery Referral Center in Rio de Janeiro with the use of ventriculobiliary shunt (VBS) as an alternative to peritoneal failure in patients with hydrocephalus. VBS, which redirects CSF to the gallbladder, emerges as a promising option for these patients. Methods: A retrospective study was conducted from January 2018 to December 2023, including patients diagnosed with VPS malfunction due to peritoneal failure and who underwent VBS as an alternative therapy at our center. Results: During the analyzed period, 18 cases of peritoneal failure were diagnosed. Of these, 10 patients (55.5%) were selected for VBS. Hydrocephalus had different etiologies in the patients. VBS was performed at a mean age of 35.4 months. Four patients presented temporary complications: two self-limited diarrheas in the first postoperative month and two shunt infections. After infection treatment, a new VBS was successfully implanted. The mean follow-up was 18.8 months (ranging from 9 to 68 months) with no further events. Conclusion: VBS demonstrates to be a viable alternative for patients with peritoneal failure due to hydrocephalus. This study provides valuable information on the surgical technique and outcomes associated with this therapeutic option, highlighting its potential as a solution to a challenging problem in hydrocephalus management.
Share