Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60500
TABAGISMO, RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE ENTRE ADULTOS BRASILEIROS MAIS VELHOS
Dias Júnior, , Cláudio Santiago | Date Issued:
2023
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Belo Horizonte, MG, Brasil
Abstract in Portuguese
Introdução: O tabagismo é um dos principais fatores de risco para diversas doenças crônicas e mortes prematuras. No Brasil, estima-se que cerca de 15% da população adulta seja fumante, o que representa um grave problema de saúde pública. A religião e a religiosidade podem influenciar o comportamento dos indivíduos em relação ao consumo de tabaco, tanto na prevenção quanto no tratamento da dependência. Nesse sentido, estudar a relação entre
tabagismo e religião é pertinente, pois pode fornecer informações valiosas sobre como as atitudes religiosas podem influenciar o comportamento relacionado ao tabaco e ajudar os profissionais de saúde a abordar melhor as questões relacionadas ao tabagismo, além de ajudar a desenvolver estratégias de prevenção eficazes. Objetivo: Investigar a associação entre tabagismo, religião e religiosidade, utilizando uma amostra representativa da população adulta
brasileira com 50 anos ou mais no Brasil. Metodologia: Foram utilizados os dados coletados na segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), realizado entre os anos de 2019-2021. Foram realizadas análises descritivas para estabelecer o perfil da amostra, a distribuição do tabagismo segundo as variáveis de ajuste, sendo utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson com correção de Rao-Scott e calculado a prevalência do
tabagismo segundo religião e religiosidade. Foram construídos dois modelos de regressão logística binária para testar a hipótese de associação entre as variáveis, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados evidenciaram que o indivíduo com religião possui uma chance 23% menor de fumar quando comparado a um indivíduo que não possui religião. Em relação à religiosidade, medida pela frequência religiosa, os dados mostraram que
quanto mais frequente, menores são as chances de o indivíduo fumar. Para um indivíduo com alta frequência religiosa os resultados mostraram que a chance de fumar foi 61% menor quando comparado com um indivíduo que não frequenta eventos religiosos. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que a religião pode ser um fator a ser considerado nas iniciativas voltadas para o combate ao tabagismo, e que o envolvimento das instituições religiosas e seus representantes podem contribuir para o controle do tabagismo tanto entre os fiéis, assim como podem colaborar para novas abordagens de combate ao tabagismo nas políticas de saúde pública para a população em geral
Abstract
Introduction: Tabagism is one of the main risk factors for various chronic diseases and premature deaths. In Brazil, it is estimated that about 15% of the adult population is smoking, which represents a serious public health problem. Religion and religiosity can influence the behavior of individuals about tobacco consumption, both in the prevention and treatment of addiction. In this sense, studying the relationship between tabagism and religion is relevant, as
it can provide valuable insights on how religious attitudes can influence tobacco-related behavior and help healthcare professionals better address smoke related issues, as well as help develop effective prevention strategies. Objective: To investigate the association between tabagism, religion and religiousness, using a representative sample of the Brazilian adult population aged 50 years or older in Brazil. Methodology: Data from the second wave of The Brazilian Longitudinal Study of Ageing (ELSI-Brazil) conducted between 2019-2021 were used. Descriptive analyses were conducted to establish the sample profile, the distribution of tabagism according to the adjustment variables, using the Pearson qui-square test with RaoScott correction and calculated the prevalence of smoke according to religion and religiosity. Two binary logistic regression models were built to assess the association hypothesis between the variables, considering the 5% significance level. Results: The results showed that the individual with a religion has a 23% lower chance of smoking when compared to an individual without a religion. In relation to religiousness, measured by religious frequency, the data showed that the more frequent, the less likely the individual is to smoke. For an individual with high religious frequency, the results showed that the chance of smoking was 61% lower when compared with an individual who did not attend religious events. Conclusion: The results of this study indicate that religion can be a factor to be considered in initiatives aimed at fighting smoking, and that involvement of religious institutions and their representatives can contribute to smoke control both among the faithful and can collaborate on new approaches to fight smoke in public health policies for the general population.
Share