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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58617
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS PRODUZIDAS EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL SITUADO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Nascimento, Sarah Rosa da Silva Pontes do | Date Issued:
2021
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O uso de plantas para fins terapêuticos é amplamente disseminado no mundo, seja por incentivos governamentais, ou pela busca da sociedade por hábitos de vida mais naturais. No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares promoveu a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Arranjos Produtivos Locais são grupos de empreendimentos que são utilizados dentro da Política Nacional de Plantas Medicinais para produzir as plantas medicinais. Sabendo que a matéria prima vegetal é naturalmente mais susceptível a contaminações por microrganismos, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de cinco espécies de plantas medicinais cultivadas por um Arranjo Produtivo Local localizado no estado do Rio de Janeiro e distribuídas em postos de saúde do Sistema Único de Saúde. São elas: alumã (Vernonia condensata Baker.), capim limão (Cymbopogon citrarus (DC.) Stapf.), carqueja (Baccharis crispa Spreng.), cúrcuma (Curcuma longa L.) e guaco (Mikania glomerata Spreng.). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que preconiza a realização de testes de controle de qualidade para produtos de interesse à saúde, foram utilizadas metodologias para verificação da capacidade inibitória, contagem total de bactérias aeróbias, bolores e leveduras, contagem de bactérias Gram-negativas bile tolerantes, pesquisas de Candida albicans, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Salmonella sp. e Escherichia coli, além de identificação gênero-espécie de outros microrganismos que possam vir a estar presentes nos produtos. A rotulagem das embalagens foi verificada de acordo com a RDC nº 18/2013. Ao longo de três anos foi possível observar o avanço higiênicosanitário na produção das plantas medicinais, porém um total de 54,2% de amostras mostrou-se acima dos limites preconizados pela Farmacopeia Brasileira, com destaque para a contaminação por E. coli detectada em 37,5% das amostras. A verificação dos itens obrigatórios no rótulo dos produtos demonstrou a presença de irregularidades em 100% das embalagens. Visto isso, mostra-se necessário que mais medidas de controle de qualidade sejam adotadas para obtenção de produtos seguros, eficazes e com qualidade
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