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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58354
ESTUDO DE BACTÉRIAS RESISTENTES AO MERCÚRIO (HG) E A ANTIBIÓTICOS ISOLADAS DE EFLUENTES DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O mercúrio (Hg) é considerado um dos poluentes ambientais mais perigosos devido a sua persistência no ambiente, eficiente transporte atmosférico e elevada neurotoxicidade. Portanto, estudos que visam reduzir a exposição humana ao Hg e os seus consequentes efeitos danosos à saúde são de grande relevância para a Saúde Pública. A biogeoquímica do Hg em ambientes aquáticos é controlada principalmente por reações mediadas por bactérias. A resistência bacteriana ao Hg tem sido amplamente relatada em isolados de ambientes contaminados e tem sido associada a resistência a antibióticos. No presente estudo será avaliada a presença de bactérias resistentes a antibióticos de última escolha (i.e., ertapenem, ceftazidima e polimixina B) através da inoculação das amostras em caldo BHI contendo combinações desses antibióticos I) Polimixina (2 mg/L); II) Ceftazidima (4 mg/L) + ertapenem (0,5 mg/L); III) Ceftazidima (4 mg/L) + ertapenem (0,5 mg/L) + polimixina (2 mg/L); o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos amicacina, gentamicina, cefotaxima, ceftriaxona, cefepime, ceftazidima, ciprofloxacina, imipenem, meropenem, ertapenem, aztreonam e sulfametoxazol-trimetoprim (Oxoid) por disco difusão em Ágar Müeller-Hinton. Será realizada ainda a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) de Hg através da inoculação de spots de 2 uL dos isolados em Ágar Nutriente (com concentrações de 0 uM, 5 uM, 10 uM, 20 uM e 30 uM de Hg) em amostras de efluentes de estações de tratamento de esgotos (ETE). Os resultados encontrados para CIM de Hg revelaram que 82% dos isolados testados apresentaram valor de CIM igual a 20 uM, enquanto 18% apresentaram CIM de 30 uM. Dentre 7 gêneros de Enterobacteriales testados, o gênero Klebsiella foi aquele que obteve a maior quantidade (86%) de isolados com o MIC mais elevado (30 uM). Quando avaliadas quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos de última escolha, todas as bactérias do gênero Klebsiella com MIC igual a 30 uM foram sensíveis ao antibiótico Polimixina B, enquanto para a Ceftazidima, apenas 25% foram sensíveis, já em relação ao antimicrobiano Ertapenem, todos isolados apresentaram resistência. Espera-se que os resultados obtidos contribuam para mitigar os efeitos danosos do lançamento de efluentes perigosos das ETEs nos sistemas aquáticos, preservando o ambiente, prevenindo doenças e protegendo a saúde humana.
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