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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56257
VIRULÊNCIA E DIVERSIDADE GENÉTICA DE ESCHERICHIA COLI PRODUTORA DE TOXINA SHIGA (STEC) ISOLADA DE BOVINOS E ALIMENTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1989 E 2014
Bovinos
Parasitologia
Carne Vermelha
Toxicidade
Zoonoses Virais
Infecções por Escherichia coli
Toxinas Shiga
Vigilância de Zoonoses
Rocha, Gillian Ferreira dos Santos | Date Issued:
2021
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um importante patógeno veiculado por alimentos, frequentemente associado ao consumo de produtos cárneos de origem bovina, sendo estes animais o principal reservatório. Em humanos a infecção por STEC pode causar quadros desde diarreia leve a sanguinolenta, colite hemorrágica (CH), com o risco de progressão para a síndrome hemolítico urêmica (SHU). A emergência de novas estirpes patogênicas aumenta a importância da vigilância e caracterização das cepas STEC circulantes. O presente estudo teve como objetivo a avaliação da virulência e diversidade genética de cepas STEC provenientes de alimentos e bovinos isoladas em períodos distintos no Estado do Rio de Janeiro. Setenta e cinco cepas STEC foram estudas, incluindo 38 cepas isoladas de alimentos e bovinos entre 1989 e 1995 (período 1 - P1), 37 cepas isoladas de bovinos entre 2012 e 2014 (período 2 - P2). A sorotipagem revelou a presença de diversos sorotipos, no entanto, cepas dos sorotipos O113:H21, R:H19, O22:H16 e O82:H8, descritos em associação com doença humana, estiveram presentes nos dois grupos. Foi observada uma grande diversidade de perfis de virulência nos dois períodos estudados. No tocante aos genes que codificam a toxina Shiga, a presença isolada do stx2 foi predominante em ambos os grupos, ocorrendo em 81,6% das STEC P1 e 72,9% das STEC P2. Os genes eae, iha, astA, ehxA, saa, subA, pilS e toxB foram investigados por PCR (reação em cadeia da polimerase), sendo os mais prevalentes em ambos os grupos os genes ehxA (73% em P1 e 59,4% em P2), iha (68,4% em P1 e 64,9% em P2) e saa (68,4% em P1 e 48,6% em P2). O teste de adesão em microplacas de poliestireno revelou que 50% das cepas P1 e 43,2% das cepas P2 produziram biofilme. A expressão de fímbrias curli foi observada em 18,4% das cepas P1 e 59,4% das cepas P2. Em ambos os grupos, a produção de enterohemolisina em ágar sangue esteve relacionada com o genótipo ehxA positivo. O filogrupo B1 foi o mais frequente (76% - P1 e 65% - P2), seguido do filogrupo A (11% em ambos os grupos). O ensaio de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), realizado nos sorotipos comuns aos dois grupos (n=14), gerou nove perfis distintos. As cepas STEC O113:H21 P1 (GC138, GC20) e P2 (M2 e CM19) demonstraram índice de similaridade (IS) de 86%. As cepas B16/2 e CM11, de sorotipo O82:H8, isoladas em períodos distintos, apresentaram IS de 87%. Os dados sugerem que cepas STEC isoladas de bovinos, e apresentando perfil associado à doença humana, podem se manter estáveis geneticamente por um longo período no reservatório animal, representando um problema de saúde pública devido ao seu potencial de virulência
DeCS
Contaminação de AlimentosBovinos
Parasitologia
Carne Vermelha
Toxicidade
Zoonoses Virais
Infecções por Escherichia coli
Toxinas Shiga
Vigilância de Zoonoses
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