Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53797
DESCRIÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTE NO BRASIL, 2019
Taniguchi, Luciana Fetter Bertolucci | Date Issued:
2020
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública, responsável por altos índices
morbimortalidade intrauterina. O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínicoepidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestante no Brasil, no ano de 2019. Estudo
descritivo, no qual foram analisados os casos de sífilis em gestantes por data de notificação e
para isso foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan). Participaram do estudo 61.139 gestantes com sífilis notificadas no ano de
2019, e identificou-se que em sua maioria, 34.016 (55,7%), tinham entre 20 e 29 anos; eram
negras, 38.537 (68,9%); 12.702 com ensino médio completo e 10.755 fundamental incompleto
(20,8% e 17,6%, respectivamente); sendo mais de 50% dos casos diagnosticados tardiamente,
com 14.793 (24,0%) no segundo trimestre e 18,892 (30,4%) no terceiro trimestre; 23.233 (38%)
dos casos foram de sífilis latente, e 15.285 (25%) de sífilis primária; quanto ao esquema de
tratamento, verificou-se que 54.780 (89,6%) das mulheres foram tratadas com a penicilina
benzatina, e que destas, 49.584 (81,1%) receberam o tratamento adequado para sua
classificação clínica. A taxa de detecção nacional foi de 20,8 casos por mil nascidos vivos, e a
do Rio de Janeiro foi maior que o dobro da taxa nacional, com 44,5. Os estados com menor
proporção de casos com tratamento adequado foram Amapá, Pernambuco e o Distrito Federal.
O conhecimento sobre o perfil dos casos de sífilis em gestante no Brasil, no ano de 2019,
indicou as características da população afetada, e evidenciou a necessidade de fortalecimento
de ações relacionadas à atenção à saúde e ao tratamento adequado das gestantes, e algumas
particularidades estaduais e regionais.
Abstract
Syphilis in pregnancy is a serious public health issue and it is responsible for the high rate
of intrauterine life morbimortality. The purpose of this study was to describe the clinical and
epidemiological profiles of reported syphilis in pregnant women in Brazil in 2019. This was a
descriptive study where syphilis in pregnancy cases were analyzed according to their
notification date. In order to achieve that, this study used secondary data of the National Disease
Notification System. 61139 pregnant women with syphilis reported in 2019 participated of this
study, in which the majority of them, 34016 (55,7%) had between 20 and 29 years old; 38537
(68,9%) were black; 12702 had graduated from secondary school, and 10755 had incomplete
basic education (20,8% and 17,6% respectively). More than 50% of the cases were diagnosed
late, with 14793 (24,0%) in the second quarter and 18892 (30,4%) in the third quarter; 23233
(38%) of the cases were of latent syphilis, and 15285 (25%) of primary syphilis. As for the
treatment regimen,, this study verified that 54780 (89,6%) of those women were treated with
benzathine penicillin and, from this last group, 49.584 (81,1%) received proper treatment
according to their clinical classification. The detection classification rate was of 20,8 cases by
one thousand live births. Rio de Janeiro had more than double the national rate, with 44,5. The
states with lower proportion of proper treatment were Amapá, Pernambuco and Distrito Federal.
The knowledge of the syphilis in pregnancy cases profile in Brazil in 2019 has shown the
features of the affected population and stressed the need of strengthening actions towards health
care and proper treatment to pregnant women, as well as state and regional peculiarities.
Share