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2023-03-15
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EFEITO DA 2'-HIDROXIFLAVANONA EM MODELO MURINO DE LEISHMANIOSE CUTÂNEA RESISTENTE AO ANTIMÔNIO, TOXICIDADE E FARMACOCINÉTICA
Flavonóidestoxicidade
Farmacocinética
Toxicologia
Resistência a Medicamentos
Oliveira, Luiza Gervazoni Ferreira de | Date Issued:
2021
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
As leishmanioses merecem atenção, devido à grande variedade de manifestações clínicas associadas e a sua elevada incidência anual. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem por ano, cerca de 1 milhão de casos de leishmaniose cutânea e 30 mil casos de leishmaniose visceral no mundo, entre eles, 20 mil chegam a óbito. A leishmaniose cutânea (LC) é a forma clínica mais difundida pelo mundo. Mesmo não levando ao óbito, a LC é considerada um risco uma vez que as lesões provocadas podem ser incapacitantes e causar problemas psicológicos devido ao estigma social. O Brasil é o país que concentra mais casos de leishmaniose dentro da América latina, chegando a 87% de casos para LC e 97% de LV. O tratamento atual para a leishmaniose visceral, apresenta alguns problemas como, falha terapêutica, alta toxicidade e o alto custo, além do surgimento de casos de resistência em diversas partes do mundo. Dentre a busca por novas alternativas no combate desta doença, estão o reposicionamento, a associação de fármacos e a busca por novos medicamentos a partir de fontes naturais. Estudos demonstram o efeito leishmanicida de flavonoides, uma classe de metabólitos secundárias presentes em plantas que possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória descritas em diversas doenças. A 2’-hidroxiflavanona, é uma flavanona, atualmente conhecida por sua atividade em células tumorais. Neste estudo, avaliou-se o efeito da 2HF in vitro e in vivo em modelo de leishmaniose cutânea resistente ao antimônio, bem como a toxicidade e farmacocinética da 2HF em modelo murino. No ensaio antiamastigota, a 2HF foi capaz de inibir de maneira concentração-dependente amastigotas resistentes ao antimônio, com um IC50 de 3,63 μM muito similar ao IC50 obtido para amastigotas sensíveis, 3,09 μM, com índices de seletividade de 26,2 e 28,5 respectivamente. No estudo in vivo, a 2HF demonstrou ser capaz de diminuir o tamanho da lesão e a carga parasitária de camundongos infectados com promastigotas de L. amazonensis resistentes ao antimônio não demonstrando toxicidade. No estudo pré-clínico de toxicidade aguda e subaguda, a 2HF se mostrou segura, não demonstrando mortalidade e alterações no ganho de peso e consumo de água e ração. Pequenas alterações bioquímicas e histopatológicas são observadas, destacando principalmente possíveis efeitos renais e hepáticos. Porém, a estrutura dos órgãos permanece preservada e camundongos do controle demonstram alterações basais. Um método analítico seletivo e sensível foi desenvolvido para detecção e quantificação da 2HF por LC-MS/MS. Este método foi validado demonstrando estar de acordo com os parâmetros propostos pela RDC n° 27 da ANIVSA, determinando a seletividade, linearidade, estabilidade, efeito matriz, precisão e acurácia do método. Para determinação do perfil farmacocinético, camundongos BALB/c receberam uma dose única de 2HF e foi realizada a coleta de sangue total via plexo orbital em diferentes tempos. As amostras obtidas foram processadas e analisadas utilizando o método validado, determinando assim a curva de concentração plasmática x tempo da 2HF. A partir de modelo matemático não compartimental, foram calculados os parâmetros farmacocinéticos da 2HF. A 2HF demonstrou um Tmáx de 5 minutos e um T ½ de 97,52 minutos. A Cmáx da 2HF foi de 185,86 ng/mL. Outros fatores como Asc0-t, ASC-inf, Ke e Vd/F foram calculados, apresentando valores de 5120,98 min*ng/mL, 5524,54 min*ng/mL, 0,00711 1/min e 5093,53 mL, respectivamente. Juntos, estes resultados pontuam a 2HF como possível alternativa para ao tratamento da Leishmaniose
Abstract
Leishmaniasis deserves attention, due to the wide variety of associated clinical manifestations and their high annual incidence. According to the World Health Organization (WHO), about 1 million cases of cutaneous leishmaniasis (CL) and 30,000 cases of visceral leishmaniasis (VL) occur worldwide each year, among them, 20,000 reach death. Cutaneous leishmaniasis (LC) is the most widespread clinical form in the world. Even without leading to death, CL is considered a risk since the injuries caused can be disabling and cause psychological problems due to social stigma. Brazil is the country that concentrates more cases of leishmaniasis within Latin America, reaching 87% of cases for CL and 97% of VL. The current treatment for visceral leishmaniasis has some problems, such as therapeutic failure, high toxicity and high cost, in addition to the emergence of resistance cases in different parts of the world. Among the search for new alternatives to fight this disease, there are the repositioning, the drug combination and the search for new medicines from natural sources. Studies demonstrate the leishmanicidal effect of flavonoids, a class of secondary metabolites present in plants that have antioxidant and anti-inflammatory activity described in several diseases. 2'-hydroxyflavanone, is a flavanone, currently known for its activity in tumor cells. In this study, the effect of 2HF in vitro and in vivo in an antimony-resistant cutaneous leishmaniasis model was evaluated, as well as the toxicity and pharmacokinetics of 2HF in a murine model. In the anti-amastigote assay, 2HF was able to inhibit antimony-resistant amastigotes in a concentration-dependent manner, with an IC50 of 3.63 μM very similar to the IC50 obtained for sensitive amastigotes, 3.09 μM, with selectivity indexes of 26.2 and 28.5 respectively. In the in vivo study, 2HF was shown to be able to decrease the lesion size and the parasitic burden of mice infected with L. amazonensis antimony-resistant promastigotes without demonstrating toxicity. In the preclinical study of acute and subacute toxicity, 2HF proved to be safe, showing no mortality and changes in weight gain and consumption of water and food. Small biochemical and histopathological changes were observed, highlighting mainly possible renal and hepatic effects. However, the organ structure remains preserved and control mice demonstrated baseline changes. A LC-MS/MS selective and sensitive analytical method was developed for 2HF detection and quantification. This method was validated demonstrating to be in accordance with the parameters proposed by ANVISA’s RDC No. 27, determining the selectivity, linearity, stability, matrix effect, precision and accuracy of the method. To determine the pharmacokinetic profile, BALB/c mice received a single dose of 2HF and the collection of whole blood via the orbital plexus was performed at different times. The samples obtained were processed and analyzed using the validated method, thus determining the plasma concentration x time curve of the 2HF. 2HF pharmacokinetical parameters were calculated from a non-compartmental mathematical model. 2HF demonstrated a Tmax of 5 minutes and a T ½ of 97.52 minutes. The Cmax of 2HF was 185.86 ng / mL. Other factors such as Asc0-t, ASC-inf, Ke and Vd / F were calculated, with values of 5120.98 min * ng / mL, 5524.54 min * ng / mL, 0.00711 1 / min and 5093.53 mL, respectively. Together, these results point to 2HF as a possible alternative for the treatment of Leishmaniasis
DeCS
Leishmaniose CutâneaFlavonóidestoxicidade
Farmacocinética
Toxicologia
Resistência a Medicamentos
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