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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53219
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DAS APRESENTAÇÕES DE HEPARINA DISPONÍVEIS NO MERCADO NACIONAL
Controle de Qualidade
Cromatografia Líquida
Espectroscopia de Prótons Por Ressonância Magnética
Vigilância Sanitária
Santana, Andreza da Costa de | Date Issued:
2018
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A heparina é um polissacarídeo oriundo da mucosa intestinal de suínos ou do tecido pulmonar bovino, indicada há mais de seis décadas como anticoagulante e antitrombótico. Foi descoberta por McLean ao isolá-la de um extrato de tecido de cães, e posteriormente, Howell e Holt batizaram-na de heparina em virtude de ser isolada primeiramente no fígado. Nos anos de 2007 e 2008, lotes contendo alto teor de dermatan sulfato (DS) e condroetina supersulfatada (OSCS) causaram eventos adversos a pacientes. Na década de 1980, surgiram no cenário científico as heparinas de baixa massa molar, resultante do fracionamento da heparina suína, com o objetivo de produzir agentes anticoagulantes mais eficazes e seguros, no entanto, a comercialização da heparina não fracionada acontece até os dias de hoje. Atualmente, os compêndios oficiais priorizam ensaios físico-químicos à matéria prima de heparina sódica e cálcica não sendo preconizado nenhum ensaio que permita avaliar impurezas e contaminantes no produto acabado. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar métodos cromatográficos para identificar e quantificar relativamente impurezas na heparina sódica suína em preparações injetáveis. Foi desenvolvido protocolo de preparo de amostra através do estudo da dessalinização com a coluna HiTrapTM, o ultra-filtro de microcon® e a coluna Bio Rad® para avaliação qualitativa de heparina por meio de método cromatográfica. Os métodos cromatográficos de identificação e quantificação relativa foram desenvolvidos e validados. Foi avaliada a confiabilidade do método qualitativa desenvolvida por comparação dos resultados obtidos com aqueles provenientes da RMN H1 Os resultados obtidos demonstraram que o protocolo de dessalinização com a coluna Micro Bio Spin® foi o mais eficiente, pois não houve perda de massa na avaliação pelo método cromatográfico de identificação. O ensaio cromatográfico qualitativo foi validado pelo parâmetro seletividade, apresentando resultados satisfatórios. A análise das amostras por este método mostrou que entre sete amostras, três apresentavam DS em sua composição. Esse resultado foi confrontado com a RMN H1 , a qual mostrou sinal de deslocamento de DS em todas as preparações, sendo a amostra 2 com maior intensidade. O método cromatográfico de ensaio limite mostrou boa seletividade e LD para galactosamina de 0,03 mg/mL e para glicosamina 0,03 mg/mL, a análise das sete amostras mostrou detecção de galactosamina apenas na amostra 2, com teor de 0,12% de galactosamina em relação a glicosamina contida na preparação. Esta amostra está aprovada para uso, pois o resultado está abaixo do limite de 1% de galactosamina em relação às hexosaminas totais. Acredita-se que a ausência de detecção da galactosamina nas duas amostras restantes esteja associada a concentrações inferiores a 0,03 mg/mL de DS nas preparações e/ou ao desgaste do eletrodo do detector. Os resultados obtidos pelos dois métodos cromatográficos complementamse e promovem uma ampla análise das preparações injetáveis de heparina sódica suína. Sendo considerados simples e econômicos, os métodos já validados serão implementados na rotina laboratorial e serão sugeridos para a farmacopeia brasileira como métodos físico-químicas para preparações injetáveis de heparina sódica suína.
DeCS
HeparinaanáliseControle de Qualidade
Cromatografia Líquida
Espectroscopia de Prótons Por Ressonância Magnética
Vigilância Sanitária
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