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HOMENS E MASCULINIDADES E O NOVO CORONAVÍRUS: COMPARTILHANDO QUESTÕES DE GÊNERO NA PRIMEIRA FASE DA PANDEMIA
Alternative title
Men and masculinities and the new coronavirus: sharing gender issues in the first phase of the pandemicAuthor
Affilliation
Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Psicologia. Recife, PE, Brasil.
Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Psicologia. Recife, PE, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianopolis, SC, Brasil.
Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Psicologia. Recife, PE, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianopolis, SC, Brasil.
Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Universidade Federal do Pará. Belém, PA, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este artigo opinião apresenta reflexões sobre masculinidades e construções de gênero – a partir do fenômeno global da pandemia do novo coronavírus –,produzidas por pesquisadores/as que integram a equipe nacional de uma pesquisa sobre política de atenção integral aos homens na saúde, no Brasil. A partir de leituras baseadas em gênero, o artigo argumenta que é preciso atentarmos que a socialização masculina cisheteronormativa se orienta a partir de três eixos: 1) a abjeção às práticas de cuidado de si e dos outros; 2) a rejeição às práticas preventivas em saúde, dada uma distorcida matriz de percepção de risco (e certo sentimento de “invulnerabilidade”); 3) a dinâmica doméstica marcada por posições de comando, ordenamento e honra. Essas dimensões da vida cotidiana foram profundamente provocadas nesta primeira fase da epidemia, em que o confinamento se tornou a alterativa mais recomendável. Esses eixos se configuram como repertórios recorrentes (embora não recentes) que reificam o modelo central de uma ordem masculina que precisa se tornar objeto de reflexão, na medida em que colocam em risco à saúde de homens e mulheres e mais amplamente dos pactos civilizatórios e da ordem social.
Abstract
The article presents reflections on masculinities and the social construction of gender, based on the global pandemic phenomenon of the new coronavirus -,produced by researchers who are part of the national research team on comprehensive health care policy for men in Brazil. Based on gender-based readings, thearticle argues that it is necessary to note that cisheteronormative male socialization is guided by three axes: 1) the abjection to self-care and other care practices; 2)the rejection of preventive health practices, given a matrix of risk perception (and the feeling of “invulnerability”); 3) the domestic dynamics marked by positions ofcommand, order, and honor. These dimensions of everyday life were deeply provoked in this first phase of the epidemic, in which confinement became the mostrecommended alternative. These axes are configured as recurring (though not recent) repertoires that reify the central model of a male order that needs to becomean object of reflection, insofar as they endanger the health of men and women and, more broadly, of the civilizing pacts, and the social order.
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