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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44743
PERFIL DE NASCIMENTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANTES E DEPOIS DA EPIDEMIA DE ZIKA VIRUS: UMA ANÁLISE ESPACIAL
Quadros, Evanelza Mesquita Sabino | Date Issued:
2019
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Alguns estudos analisaram o impacto do zika vírus (ZIKV) nos nascimentos no Brasil e encontraram evidências de que a epidemia de ZIKV associada à microcefalia, entre 2015 e 2016 trouxe implicações para o número de nascidos vivos no país: para cada 100 nascimentos registrados em 2016, 4,2 foram previstos, mas não foram observados, no entanto, os autores não descartam outros fatores como as crises econômicas. Neste trabalho não foi possível apontar esta correlação, pois não foram trabalhados os dados de ZIKV devido a sua ausência nas bases disponibilizadas pelo DATASUS. Sendo o nascimento um dos eventos vitais, o seu monitoramento contribui para o conhecimento da situação de saúde de uma população, permitindo a construção de indicadores que subsidiam o planejamento, a gestão e a avaliação de políticas e ações de vigilância e atenção na área da saúde materna e infantil. Este trabalho usou dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2015 a 2017 para identificar em quais municípios do Rio de Janeiro ocorreram declínios nos nascimentos e que grupo de mulheres, segundo as variáveis, escolaridade, raça/cor e situação conjugal, adiou a gravidez no período analisado, além de identificar quais indicadores socioeconômicos se relacionam com a queda da natalidade. Os resultados demonstraram que em 2016, ano que foi declarada situação de emergência em saúde pública no Brasil, a taxa de natalidade diminuiu de 14,32 para 13,17 e 52% dos municípios do estado apresentaram decréscimo nos nascimentos O perfil do grupo de mulheres que contribuiu para a queda da natalidade indica uma escolaridade mais elevada, situação conjugal estável e as declaradas branca, mostrando a questão da desigualdade social, onde o grupo das solteiras, as menos instruídas e as não brancas foi o que prevaleceu nos municípios com menos nascimentos. Tal fato evidencia a importância da identificação dos indicadores socioeconômicos relacionados com a taxa de natalidade que podem orientar as políticas públicas voltadas para a saúde da mulher, incluindo a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais preconizados pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
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