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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3987
O PRINCÍPIO DO MAL: A AMEAÇA LEPROSA NO RIO DE JANEIRO COLONIAL
Andrade, Marcio Magalhaes de | Date Issued:
2005
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Na primeira metade do século XVIII, o mal de São Lázaro emergiu no Rio de Janeiro como relevante problema sanitário e geopolítico. Em contraste com o seu arrefecimento na Europa, onde a estrutura medieval para o confinamento de leprosos havia sido desativada em grande medida, a enfermidade pareceu ameaçar algumas áreas específicas do império português, constituindo uma preocupação a mais para as autoridades metropolitanas. Na cidade de São Sebastião, transformada em principal ponto de articulação dos interesses da Coroa lusitana no Atlântico sul, o mal juntou-se a outras ameaças já existentes, municiando os poderes locais com argumentos contrários às medidas centralizadoras adotadas pela metrópole naquele conturbado período. Apoiados nos pareceres de físicos e cirurgiões da cidade, os membros da Câmara do Rio de Janeiro foram os principais propagadores da ameaça leprosa durante o Setecentos, e os porta-vozes do fim desta ameaça na primeira metade do século seguinte.
Abstract
In the first half of the 18th century, leprosy emerged in Rio de Janeiro as a relevant sanitary and geopolitical problem. In contrast with its decrease in Europe, where the mediavel structure for the confinement of lepers had been largely inactivated, the disease seemed to threaten some specific areas of the Portuguese empire, imposing itself as a non negligible concern for its rulers. In Rio de Janeiro, when it acquired a strategic importance for the interests of the Portuguese Crown in South Atlantic, the disease became one more threat among those already existing, empowering the local authorities with arguments against the centralizing measures adopted by the metropolis in those troubled years. Leaning on reports written by Rio´s physicians and surgeons, members of the Municipal Chamber became the eloquent propagators of the threat represented by leprosy during the 18th century, and also of the end of this menace in the first half of the next century.
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