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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39293
RASTREAMENTO DOS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO À DEPRESSÃO PÓS-PARTO EM GESTANTES DE UMA MATERNIDADE PUBLICA DO DISTRITO FEDERAL
Arrais, Alessandra da Rocha | Date Issued:
2015
Author
Affilliation
Governo do Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Brasília, DF, Brasil / Universidade Católica de Brasília. Brasília, DF, Brasil / Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde. Escola Superior de Ciências da Saúde. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A depressão pós- parto (DPP) é uma relevante questão de saúde pública, por ser considerada o transtorno mental de maior prevalência durante o puerpério. A DPP está associada a fatores de risco como: antecedentes psiquiátricos, baixa escolaridade, dificuldades financeiras, falta de suporte social, eventos estressores, depressão e ansiedade gestacional, entre outros. Objetivo: Investigar e rastrear os diferentes fatores de risco e proteção para a depressão pós-parto vivenciados pelas gestantes. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e transversal, que utilizou como instrumentos o Perfil gestacional, contendo os dados sócio-demográficos e obstétricos e os fatores de proteção e de risco, e as Escalas Beck de Depressão (BDI) e de Ansiedade (BAI). A amostra foi composta de 198 gestantes de uma maternidade pública do DF. Procedeu-se a uma análise estatística dos dados, para avaliar a associação entre a chance de DPP e os 23 fatores de risco e 11 fatores de proteção identificados na amostra. Por meio dos testes de Qui-quadrado, o Teste Exato de Fisher e o Teste de Correlação de Spearman. Resultados: Os resultados mostraram que o suporte familiar é o fator de proteção que mais acontece entre as mães do estudo (63%). A gravidez desejada e participar do pré- natal psicológico se confirmaram como fatores de proteção, pois estão associados a um menor chance de DPP. Já a intercorrência na gravidez anterior/atual é o fator de risco mais frequente entre as mães da pesquisa (58%). Os testes de associação mostraram que a falta de apoio do pai de bebê e a gravidez não desejada são os fatores de risco que estão associados à DPP. Nenhuma das variáveis socioeconômicas - idade, religião, escolaridade, renda familiar e número de gestações.- apareceu associada com a DPP. Os resultados encontrados confirmaram apenas parcialmente dos fatores de risco e proteção apontados pela literatura da área, o que leva a concluir que fatores individuais e subjetivos de cada mulher, a cultura em que está inserida, a qualidade das relações com sua rede de apoio impactam diretamente a vivência de sua maternidade. Conclusão: Os resultados confirmam a importância do conhecimento dos fatores de risco e de proteção da DPP para o planejamento e execução de ações preventivas ainda na fase pré-natal, para viabilizar a promoção do cuidado integral a gestante e puérpera, desprendendo-se da exclusividade do modelo biomédico e concretizando as diretrizes das políticas públicas mais recentes.
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