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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39136
PERFIL DE SUSCETIBILIDADE PARA INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA A SAÚDE (IRAS) NO BRASIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
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Abstract in Portuguese
Introdução: Os sistemas de saúde de todo o mundo enfrentam um grande desafio com as infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS), principalmente devido ao número crescente de bactérias gram-positivas e gram-negativas relacionadas a esse tipo de infecção. Além disso, o uso inadequado de medicamentos também tem contribuído para o desenvolvimento de microrganismos multirresistentes (MARTINS, 2013). Objetivo: Realizar uma revisão sistemática para conhecer o perfil de suscetibilidade, em pacientes adultos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos 4 microrganismos mais frequentemente notificados como agentes etiológicos de IRAS no Brasil: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa. Método: A busca nas bases de dados foi realizada em abril de 2017 na Pub Med, Embase, Biblioteca Cochrane - Central, Web of Science, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde. Os termos utilizados foram: “Unidades de Terapia Intensiva”, “infecção hospitalar”, “Staphylococcus aureus”, “Klebsiella pneumoniae”, “Acinetobacter” e “Pseudomonas aeruginosa”, no entanto, os termos foram adaptados, quando necessário, de acordo com cada base. Em todas as bases foram utilizados filtros para estudos realizados no Brasil e de ano de publicação (1997 a 2017). Resultados: Os resultados identificados foram: estudos Pub Med 68; Embase 7 estudos; Biblioteca Cochrane - Central 121 estudos; Web of Science 103 estudos; E estudos da Biblioteca Virtual em Saúde 93. Após a seleção e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, fizeram parte deste estudo 66 referências. A distribuição por região estudada foi: Sudeste (35 estudos), Sul (11 estudos), Nordeste (7 estudos), Centro-oeste (3 estudos) e Norte (2 estudos), além de outros 8 estudos que abrangeram todas as regiões concomitantemente. Quanto ao perfil de suscetibilidade, em relação ao Acinetobacter spp. observou-se que a maioria dos estudos relatou sensibilidade às polimixinas variando a taxa de resistência entre 0 e 7%, porém para o imipenem e meropenem o percentual variou entre 45% e 58%. Para Klebsiella pneumoniae as polimixinas continuaram com os menores percentuais, acrescentando-se o meropenem a essa faixa (todos abaixo de 5%), já os menores percentuais ficaram entre a Ceftriaxona, Ceftazidima (entre 21% e 42% para cada medicamento). Para Staphylococcus aureus, a vancomicina apresentou resistência entre 0% e 5%, enquanto a oxaciclina frequentemente atingiu percentuais acima dos 80%. Para Pseudomonas aeruginosa, as polimixinas apresentaram os menores percuntais, apesar da polimixina B atingir percentuais entre 10% e 30% entre os anos de 2001 e 2007. Ainda sobre esse microrganismo, o imipenem foi o medicamento que apresentou a maior resistência (acima de 40% em todos os anos). Conclusão: Esta revisão contribuirá para tomada de decisões mais direcionadas e precisas para esses microrganismos, tanto em relação às opções terapêuticas para o tratamento quanto a medidas de prevenção e controle para infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS), que são hoje um dos maiores problemas de saúde pública.
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