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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38897
A EFETIVIDADE E SEGURANÇA DO USO DA VITAMINA D NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória, autoimune do sistema nervoso central caracterizada por desmielinização das bainhas do nervo que pode resultar em níveis variáveis de deficiência e está associada a baixos níveis séricos de vitamina D, suscitando o interesse nos potenciais benefícios clínicos da suplementação de vitamina D em pacientes com EM. Objetivo: O objetivo deste Parecer Técnico-Científico é avaliar a efetividade e a segurança da Vitamina D usada em altas doses comparada ao tratamento convencional da esclerose múltipla. Método: Foram utilizadas as bases eletrônicas: MEDLINE via PubMed, Cochrane Library, EMBASE, BVS e LILACS. Incluíram-se estudos que tratavam de pacientes portadores de esclerose múltipla em uso de vitamina D (D2 ou D3) em altas doses comparado à ausência de uso da Vitamina D ou uso em baixas doses, com ou sem tratamento farmacológico para EM que apresentassem como desfecho a redução de recidivas e possibilidade de eventos adversos. Foram priorizados estudos de revisão sistemática pela qualidade da evidência, encontradas 187 referências de potencial interesse e após a seleção, as duas revisões sistemáticas (2010, 2013) incluídas envolveram 5 ensaios clínicos randomizados e uma delas apresentou metanálises por sub-grupos. Resultados: Os resultados mostraram para o desfecho de redução do número de recidivas, que ser tratado com altas doses de Vit. D não está associado à probabilidade de recaídas na EM. O OR global estimado na metanalise dos cincos estudos foi de 0.98 (95% CI 0,44-2,17), indicando uma diferença muito pequena entre os grupos intervenção e controle, sem significância estatística (p-valor=0.18). Os resultados das metanalises por subgrupos foram divergentes quanto à eficácia da Vit. D em pacientes com EM, dependendo do controle utilizado (placebo ou outro) do tipo de Vit. D (D2, D3) e do tempo de seguimento. Houve heterogeneidade moderada entre os estudos (I2 =36%, Chi2 = 6,24, p=0,18) sem indicação de viés de publicação (Egger p-value=0,20). Quanto à segurança da intervenção, não houve eventos adversos graves relatados. Conclusão: Conclui-se que não há evidência suficiente disponível que demostre um real benefício do uso da Vitamina D na população-alvo, futuros ensaios clínicos randomizados são recomendados.
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