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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38892
FOTOPROTEÇÃO EM VESTIMENTAS: EVIDÊNCIAS DE EFETIVIDADE
Alternative title
Vestimentas com fotoproteção: evidências de efetividadeAffilliation
Hospital Israelita Albert Einstein. São Paulo, SP, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: O câncer de pele é um dos mais incidentes em todo o mundo e no Brasil é responsável por aproximadamente 25% dos registros de tumores malignos. Uma das alternativas de proteção solar existente no mercado é a vestimenta com fotoproteção (VFP), entretanto, poucos são os estudos que comprovam sua efetividade. Objetivo: Avaliar a efetividade das vestimentas com proteção para queimadura solar. Método: Elaborou-se uma estratégia de busca com descritores MESH e outros termos identificados em busca exploratória, sendo: (photoprotection OR (("sunlight" OR "sunlight" OR "sun") AND protection)) AND clothing. Utilizou-se como critérios de inclusão estudos que avaliavam o uso da VFP em populações expostas à radiação solar. Foram excluídos estudos que não utilizavam da vestimenta com fotoproteção como intervenção, estudos descritivos, estudos sobre o uso de agentes fotoprotetores (frequência ou estímulo ao uso) ou estudos que não possuíam texto completo disponível. Não foi utilizado filtro de idioma ou de período de publicação. Resultados: Dos 1983 estudos identificados, após a remoção das duplicatas 37 foram avaliados para leitura completa e 10 foram incluídos. Nove estudos foram classificados pelos autores como survey, enquanto um utilizou do método de caso-controle. Os estudos compararam a frequência do uso de VFP com a associação de eritema ou deficiência de vitamina D na maioria dos estudos incluídos. Os estudos que avaliaram a associação de deficiência de vitamina D e o uso de VFP demonstraram resultados diversos. Foi identificado que o uso contínuo de VFP foi associado à deficiência de ferro entre adultos (OR 3,19; IC 95% 1,98-5,16) e crianças (OR = 2,11; IC 95% 1,48-3,00; p=0,02), enquanto que o uso moderado não apresentou diferença estatística para crianças. Quanto ao desfecho de queimadura solar, ou eritema, um estudo reportou que quem usa VFP tende a ficar exposto ao sol por mais tempo, sofrendo com mais queimaduras do que os que não usam frequentemente VFP (SDM 1,55 e 1,28, respectivamente; p=0,02). Outros estudos afirmaram que há uma pequena associação entre o uso de roupas protetoras e mulheres que sempre sofrem com queimadura, com OR de 1,22 (IC 95% 1,00-1,49). Conclusão: Apesar do número de estudos sobre o efeito de protetores solares, a literatura ainda é escassa quando se trata da efetividade de vestimentas com fotoproteção. Ainda assim, vêm sendo utilizado em larga escala como forma de proteção à radiação solar. São necessários estudos de maior qualidade metodológica para verificar a capacidade de proteção do produto.
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