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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38122
DIMENSÃO PSICOSSOCIAL EM DESASTRE: O CONJUNTO HABITACIONAL TERRA NOVA
Grupos populacionais
Eventos extremos
Desastres
Dimensão psicossocial
Vida em comunidade
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Presidência. Centro de Estudos Estratégicos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Presidência. Centro de Estudos Estratégicos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O aumento das vulnerabilidades de determinados grupos populacionais, associado às tendências globais de maior frequência e intensidade de eventos extremos, é uma consequência. O foco na dimensão psicossocial e seus desdobramentos para a vida em comunidade ainda são pouco explorados pelas pesquisas sobre desastres. No desastre acontecido nas cidades serranas do norte fluminense tal situação ficou evidenciada. Conhecer a realidade dos moradores afetados pelo desastre da região serrana de 2011 e seus os processos de reconstrução, em especial a dimensão psicossocial, na perspectiva da promoção da saúde. A construção de conjuntos habitacionais é a solução encontrada, no país, para reparação aos afetados por desastres. Em Nova Friburgo o Conjunto Habitacional Terra Nova conta com 2.237 apartamentos. Esse estudo de caráter exploratório realizou de entrevistas e aplicação de questionário aos moradores. Foram aplicados 123 questionários no Condomínio VI. O questionário, elaborado em parceria com a Vigilância em Saúde da SMS-NF, continha 65 questões: a identificação; a vida profissional; a moradia; hábitos alimentares; saúde; lazer; religião; percepção dos desastres; e imunização. As questões abordadas neste trabalho tratam especialmente de suas relações com os fatores psicossociais. Um grande sentimento de abandono e impotência atravessa a rotina da comunidade. Os moradores relatam violência e discriminação da população da cidade. A grande concentração de pessoas oriundas de diferentes comunidades provoca imagem negativa gerando estigmatização e agressões verbais constrangimento por fazer parte do condomínio. Ao receberem as novas moradias expressaram que sentem falta dos familiares que residiam próximo, de infraestrutura como: supermercados e farmácias, transporte, escolas e creches próximas, além da liberdade, do convívio social, segurança, espaço, área de serviço, visto que muitos viviam em casas com quintais e espaço para criação de animais e plantações. Os resultados revelam a necessidade da superação de políticas verticalizadas. Aponta-se a importância da promoção de ações psicossociais a partir da compreensão das dinâmicas dos territórios, sua cultura e relações estabelecidas na comunidade. A participação social e o engajamento dos sujeitos nos processos decisórios para reconstrução da vida pessoal, familiar e social é fundamental.
Keywords in Portuguese
VulnerabilidadeGrupos populacionais
Eventos extremos
Desastres
Dimensão psicossocial
Vida em comunidade
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