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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38107
PREOCUPAÇÕES DAS TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS COM O USO DE PREP: RESULTADOS DO ESTUDO TRANSCENDER
Populações-chave
Travestis
Mulheres transexuais
Profilaxia pré-exposição
PrEP
Estratégia de prevenção
Política pública
Author
Affilliation
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A epidemia do HIV afeta severamente travestis e mulheres transexuais, cuja prevalência é maior que em outras populações-chave. A profilaxia pré-exposição é uma estratégia de prevenção à infecção pelo HIV. Contudo, falta literatura sobre o uso da PrEP por essa população específica. Conhecer as necessidades e preocupações delas em relação à PrEP é fundamental para efetividade desta política pública. Descrever as preocupações em relação à PrEP das travestis e mulheres transexuais do Rio de Janeiro, Brasil. Trata-se de análise secundária do projeto Transcender, descrito por Grinsztejn et al (2016). De maneira sucinta, foram recrutadas 345 participantes pelo método Respondent-driven Sampling (RDS), entre 08/2015 - 01/2016. Para o presente estudo, consideramos as participantes HIV negativas. Utilizou-se o bloco referente ao conhecimento sobre o uso de PrEP para prevenção do HIV. Para cada questão era possível responder: Não me preocuparia com isso; Me preocuparia um pouco com isso; Me preocuparia com isso; Me preocuparia muito com isso; Não tomaria PrEP por causa disso. Para a análise foram obtidas frequências relativas para cada afirmação. Das 345 participantes, 204 (59%) eram HIV negativas. Dessas, 149 (73%) relataram preocupação sobre a PrEP não prevenir completamente a infecção pelo HIV; 143 (70%) preocupação com interação com hormônios e 143 (70%) preocupação com efeitos a longo prazo. Em relação à opinião, 209 (87%) discordaram totalmente da afirmação de que deixariam de usar camisinha ao usar PrEP; 194 (81%) concordam totalmente que continuariam se testando para o HIV mesmo usando a PrEP e 151 (63%) discordaram totalmente que se sentiriam mais liberadas para ter um maior número de parceiros por conta da PrEP. Conseguir PrEP no mesmo lugar que a hormonioterapia foi considerada estratégia bastante útil por 173 (72%) respondentes. Conhecer as preocupações em relação à PrEP e as necessidades específicas das travestis e mulheres transexuais é essencial para o sucesso desta política preventiva. Os resultados mostraram que ter informação sobre a eficácia da PrEP e interações com os hormônios feminizantes é fundamental. Também se observou que utilizar PrEP não estaria associado à compensação de risco, pelo contrário, poderia representar oportunidade de estimular o autocuidado.
Keywords in Portuguese
Epidemia do HIVPopulações-chave
Travestis
Mulheres transexuais
Profilaxia pré-exposição
PrEP
Estratégia de prevenção
Política pública
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