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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37843
MORFOMETRIA GEOMÉTRICA DAS ASAS DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS (LUTZ & NEIVA, 1912) E LUTZOMYIA CRUZI (MANGABEIRA, 1938) (PSYCHODIDAE, PHLEBOTOMINAE)
Silva, Diego Lima Candido da Silva | Date Issued:
2018
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A leishmaniose visceral é causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) infantum chagasi (Cunha & Chagas, 1937) no Novo Mundo e, por espécies do complexo donovani (Laveran & Mesnil, 1903), no Velho Mundo (Missawa et al., 2011). Em virtude da leishmaniose fazer parte do grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas (Organização Mundial da Saúde, 2018) é importante estudar os principais insetos da ordem Diptera, família Psychodidae, tais como Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) e Lutzomyia cruzi (Mangabeira, 1938) porque a primeira espécie apresenta grande capacidade vetorial e está amplamente distribuída pela América e, a segunda é vetora na região central do Brasil, sendo as fêmeas morfologicamente indistinguíveis de Lutzomyia longipalpis. Desse modo, é importante à aplicação de novas ferramentas para identificação de diferenças populacionais interespecíficas. O presente estudo tem como objetivo geral avaliar diferentes populações de Lutzomyia longipalpis (machos) de diferentes biomas e comparar com população de Lutzomyia cruzi (machos) através da morfometria geométrica de asas As espécies de Lutzomyia longipalpis oriundos dos municípios de Floriano \2013 Piauí, Sobral \2013 Ceará e Lutzomyia cruzi de Corumbá \2013 Mato Grosso do Sul foram coletados com armadilha CDC modelo HP e processados para montagem. Foram utilizados espécimes de Lutzomyia longipalpis da coleção da Faculdade de Saúde Pública das localidades: Serra da Bodoquena \2013 Mato Grosso do Sul e Mariápolis \2013 São Paulo. Na análise do tamanho do centroide utilizando 13 marcos anatômicos (landmarks) das asas foi observado que os espécimes que apresentaram diferenças significativas foram: Lutzomyia longipalpis dos Estados do Mato Grosso do Sul, Ceará e Piauí (p < 0,0001); Lutzomyia longipalpis dos Estados do Piauí e São Paulo (p < 0,0002); Lutzomyia cruzi do Estado do Mato Grosso do Sul (p < 0,0001) quando comparado aos espécimes de Lutzomyia longipalpis dos Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. A morfometria geométrica das asas é uma técnica capaz de diferenciar espécies de flebotomíneos. Com a análise do tamanho do centroide e utilizando os 13 marcos anatômicos (landmarks) das asas observam-se diferenças na conformação das mesmas nas populações de Lutzomyia longipalpis e entre as populações de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi.
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