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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3652
O USO DE ERITROPOIETINA NO TRATAMENTO DA ANEMIA DA PREMATURIDADE NO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA: SEGUIMENTO ATÉ OS 3 MESES DE IDADE
Andrade, Paula Stockler Mesquita de | Date Issued:
2000
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher e da Criança. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
A anemia da prematuridade é caracterizada por diversos fatores etiológicos, destacando-se a baixa produção do hormônio eritropoietina recombinante humana (rhEPO) é a droga utilizada no seu tratamento. O uso de rhEPO no serviço de Neonatologia do IFF foi iniciado em maio de 1997. Por ser uma terapêutica relativamente nova, seu estudo é necessário para avaliar a eficácia na redução do grau de anemia e na necessidade de transfusões neste serviço, durante o período de internação e após a alta hospitalar, em consultas de Follow-up, até os 3 meses de idade corrigida. Trata-se de um estudo retrospectivo; descritivo, observacional; com controle histórico. Estudaram-se 48 recém-nascidos que receberam rhEPO no período de maio de 1997 a maio de 1999, durante 6 semanas, na dose de 600 U/kg/semana; pareadas 1:1 com crianças nascidas em período anterior. Os dois grupos usaram ferro na dose de 3 a 6 mg/Kg/dia, e de Vitamina E (15 unidades/dia). Os grupos foram semelhantes; com exceção de maior morbidade e maior uso de oxigênio no grupo rhEPO, através de CPAP nasal. Não houve divergência em relação ao baixo número de transfusões; apesar da maior espoliação sanguínea no grupo rhEPO, refletida pelas gasometrias e hemogramas. Na alta o nível de hematócrito e de reticulócitos foi significativamente maior no grupo rhEPO (32,57 por cento e 4,70 por cento respectivamente), comparado ao controle (30,62 por cento e 2,85 por cento), p=0,03 e p = 0,005. No Follow-up os grupos foram semelhantes, excetuando-se o maior hematócrito na primeira consulta do grupo rhEPO (32,06 por cento, p=0,01), comparado ao controle (29,69 por cento). Concluímos que o uso de rhEPO na terapêutica da anemia da prematuridade parece ser eficaz na dosagem usada no IFF, e que após sua interrupção parece haver uma retomada da eritropoiese em níveis fisiológicos. Considerando o formato retrospectivo deste estudo não ser o ideal amplo estudo - prospectivo, de caráter mais minucioso - para avaliar o impacto do uso de rhEPO na anemia da prematuridade.
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