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EPIDEMIA DE HEPATITE VEICULADA POR GAMAGLOBULINA CONTAMINADA
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Epidemiologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Vírus. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Epidemiologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Vírus. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Os autores estudaram uma epidemia de Hepatite B em uma instituição localizada no bairro de São Cristovão na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ocorreu um total de 35 casos: 30 entre os funcionários da instituição e cinco entre familiares de funcionários. Todos os casos foram considerados de hepatite aguda benigna; apenas dois não tiveram icterícia. Clinicamente, chamou-lhes a atenção um im portante envolvim ento articular: artralgias intensas, com grande restrição dos movimentos, durante o período de incubação e que regrediram completam ente logo que a icterícia tornou-se evidente. A distribuição cronológica fo i típica de infecção simultânea em fonte única. A investigação epidemiológica revelou que essa fonte fo i um produto terapêutico derivado do sangue humano: gamaglobulina. As injeções foram feitas com seringas descartáveis e, ironicamente, com o objetivo de prevenir hepatite. Em dois dias de aplicação, cerca de 120 funcionários receberam a injeção de gamaglobulina, entre os quais 27 desenvolveram hepatite. O período de incubação médio fo i de 116 dias. 0 Ag HB, testado em 26 pacientes, fo i positivo em 12 (46,2%); oito pacientes com tempo de doença infe rior a duas semanas, foram todos positivos. O surto epidêmico ocorreu em condições que caracterizaram um estudo experimental, não planejado, em seres humanos. Os autores estudaram, além do surto epidêmico de São Cristovão, oito casos vinculados ao serviço hospitalar onde trabalhavam. Esses casos apresentaram características que os distinguiram dos casos de hepatite comumente a li tratados. Todos os pacientes eram de elevada classe social, com o antecedente de terem tomado injeção de gamaglobulina, da mesma procedência daquela que originou o surto epidêmico de São Cristovão. Nesses casos o período de incubação médio fo i de 106 dias. Seis dos o ito pacientes foram testados para o Ag HB, que fo i positivo em cinco. Onze partidas da gamaglobulina foram testadas, em laboratórios de referência da Organização M undial de Saúde, encontrando-se o Ag HB em seis (54,5%J. Os autores concluem que houve alguma falha grave no processo de preparo da gamaglobulina em apreço. E po r isto deve-se ter reservas quanto á noção difundida de que esse medicamento está isento do risco de transm itir o vírus hepatite.
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