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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3554
INGESTÃO DE CORROSIVOS POR CRIANÇAS ATENDIDAS NO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA DO ESÔFAGO EM RELAÇÃO À MORFOLOGIA DA ESTENOSE
Silva, Maria das Graças Dias da | Date Issued:
2004
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
O objetivo deste estudo é descrever a associação da dilatação endoscópica com o tipo morfológico de estenose corrosiva de esôfago no paciente pediátrico, atendido no IFF/FIOCRUZ. É um estudo logitudinal, descritivo, retrospectivo de uma série de casos. Foram estudados 40 pacientes, 18 femininos e 22 masculinos, com 3 anos e 7 meses em média de idade. Todos eram sintomáticos, tinham história de ingestão de corrosivo e foram atendidos para diagnóstico e tratamento endoscópico entre 1990 e 2004. Dos pacientes, 34 tinham mais de 3 semanas de intervalo entre a ingestão e a apresentação.Três não desenvolveram estenose, 5 foram encaminhados diretamente para substituição esofágica pela gravidade do dano e houve uma perda por evasão. Trinta e um foram submetidos a dilatação endoscópica sob anestesia geral, usando-sevideoscópios pediátricos e dilatadores, principalmente os termoplásticos. Os casos foram agrupados como portadores de estenose anular, tubular curta e tubular longa.Buscou-se associar os grupos com o número de sessões de dilatação e o período necessário para alcançar a dilatação adequada. A duração do tratamento foi em média de 102 dias para as anulares e 425 dias para as tubulares longas, e média de sessões foi de 4,1 nas anulares e 15,7 nas tubulares longas. Três casos permanecem em tratamento. A falha das dilatações em manter a criança sem disfagia ocorreu em 6 estenoses tubulares longas, 5 das quais com estreitamentos que comprometiam 5cm ou mais da extensão esofágica. A tentativa de restauração para esses casos representou em média 22,6 sessões de dilatação/paciente e estendeu-se em média por 2 anos.O índice de complicações do tratamento foi de 0,6 das sessões de dilatação. Todas as complicações aconteceram em estenoses de mais de 5cm. A classificação usada mostrou aplicabilidade clínica ao provar que estenoses com dimensões de mais de 2cm de extensão estão associadas a maiores dificuldades em responder ao tratamento dilatador quando comparadas aos demais tipos. As complicações e o fracasso das dilatações foram encontrados nas lesões de 5cm ou mais de extensão, o que confirma os achados da literatura e merecem constituir um subgrupo. As informações aqui obtidas favorecem a construção de protocolos de atendimento mais adequados às necessidades e possibilidades dos diferentes comprometimentos encontrados. Permitem até mesmo a reformulação da conduta do serviço nas indicações de substituição esofágica.
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