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- IFF - Teses de Doutorado [172]
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MASTITE PUERPERAL E SEUS CONDICIONANTES NA NUTRIZ PORTADORA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Pinheiro, Marcia Soares | Date Issued:
2008
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre o
estado de portador de Staphylococcus aureus e a ocorrência de mastite
puerperal em lactantes assistidas no Banco de Leite Humano do Instituto
Fernandes Figueira. O desenho do estudo empregado foi do tipo casocontrole, sendo selecionados dois grupos de mulheres: 44 mulheres
diagnosticadas com mastite associada a S.aureus (grupo caso) e 88
mulheres sem a doença (grupo controle). Foi analisada, em ambos os
grupos, a diferença entre as proporções observadas para as variáveis
relacionadas às características sócio-demográficas, culturais e condutas
durante a amamentação. Para a confirmação da mastite por S. aureus,
amostras de leite humano ordenhado foram cultivadas em Agar Baird-Parker
a 37 0C por 48 horas. Paralelamente, para a caracterização do estado de
portadora, swabs das narinas, orofaringe, mãos e axilas foram cultivados em
caldo de enriquecimento não seletivo a 37 ºC por 24 horas, e
posteriormente, em Agar Manitol Salgado a 37 0C por 48 horas. As colônias
isoladas foram identificadas através de testes bioquímicos convencionais:
coloração de Gram, catalase, DNAse e coagulase. A obtenção dos dados
sobre as características sócio-demográficas, culturais e condutas de
amamentação foi realizada por meio de entrevista e aplicação de
questionário estruturado com perguntas fechadas. Um total de 699 culturas
de S. aureus foram isoladas e caracterizadas quanto ao perfil de sensibilidade a 14 antimicrobianos através da técnica de difusão em Agar.
As lactantes do grupo caso apresentaram um percentual (36/44, 81,8%) de
colonização significativamente maior (p < 0,05) que as lactantes do grupo
controle (45/88, 51,1%), sendo a narina o principal sítio de colonização em
ambos os grupos. No grupo caso, 79,8% das lactantes apresentaram o
microrganismo em dois ou mais sítios simultaneamente. Oitenta e sete por
cento das cepas em ambos os grupos foram resistentes à penicilina, e 100%
foram sensíveis a vancomicina. Com relação aos demais antimicrobianos
analisados, foi observado um maior percentual de resistência entre as cepas
isoladas do grupo caso, com exceção para cloranfenicol e mupirocina. No
grupo caso, 155 (59,3%) cepas e, no grupo controle, 36 (36,7%) cepas
apresentaram resistência a pelo menos dois antimicrobianos. A presença de
Staphylococcus aureus meticilina resistentes (MRSA) foi observada em
ambos os grupos, 11,3% (grupo caso) e 7,1% (grupo controle). Entre as
estirpes MRSA isoladas, algumas apresentaram resistência somente para β-
lactâmicos, característica de MRSA adquirido na comunidade (CA-MRSA).
As diferenças observadas nos dois grupos para as variáveis - faixa etária,
escolaridade, tempo de amamentação, freqüência da mamada, presença de
fissuras mamilares e uso de pomadas - foram estatisticamente significativas
(p < 0,05).
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