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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28830
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE RECIFE - PERNAMBUCO, BRASIL
Sá, Angélica Saraiva Rangel de | Date Issued:
2010
Alternative title
Epidemiological surveillance of congenital syphilis in a public maternity hospital in Recife - Pernambuco, BrazilComittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.
Abstract in Portuguese
A sífilis congênita apesar de poder levar à morte do feto ou neonato e de existirem testes diagnósticos sensíveis, tratamento efetivo e de baixo custo, persiste como sério problema de saúde pública no Brasil. O momento do parto constitui-se oportunidade de detecção e tratamento imediato evitando-se a fase terciária da doença no recém-nascido. Este trabalho teve por objetivo investigar as ações de diagnóstico da sífilis congênita em uma maternidade pública de Pernambuco, Brasil. Foram utilizados dados de Sistemas de Informações do Sistema Único de Saúde e registros laboratoriais de exames realizados na maternidade. Observou-se que o teste de triagem (o VDRL) não foi realizado em 5,5 por cento das mulheres, correspondentes a quase 100 por cento dos casos internados por abortamento. O teste treponêmico (confirmatório) não foi realizado em 5,7 por cento das mulheres com VDRL reagente. Foi observada prevalência de sífilis materna, respectivamente em 2008 e 2009, de 3,5 por cento e 3,1 por cento. A prevalência de sífilis congênita, respectivamente em 2008 e 2009, foi de 1,7 por cento e de 1,8 por cento. Nos dois anos estudados, o não descarte dos falso-positivos ocasionou um número de casos notificados maior que o número dos considerados casos. A detecção de casos de sífilis na maternidade demonstra a oportunidade perdida no pré-natal (não realização do teste ou do tratamento ou tratamento realizado de forma inadequada). Ressalta-se a importância da realização dos testes VDRL e confirmatório nos casos de abortamento, para evitar transmissão nas futuras gestações e prevenir as complicações da doença na mãe e parceiro(s); e, da realização do teste treponêmico em todas as mulheres reagentes ao VDRL a fim de evitar exames e/ou tratamentos desnecessários nos recém-nascidos e notificações de casos falso-positivos.
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