Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27915
IDENTIFICAR A PERMANÊNCIA DE CÃES INFECTADOS POR LEISHMANIA (LEISHMANIA) CHAGASI EM ÁREA ENDÊMICA, APÓS INQUÉRITO SOROLÓGICO REALIZADO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Figueiredo, Fabiano Borges | Date Issued:
2008
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) representa um importante problema em saúde pública para o Brasil, sendo o cão doméstico a principal fonte de infecção para o vetor. O objetivo deste estudo foi identificar a permanência de cães infectados por Leishmania (Leishmania) chagasi em área endêmica, após inquérito sorológico realizado no Município do Rio de Janeiro, utilizando amostras coletadas em papel filtro (eluato) e processadas pela técnica de imunofluorescência indireta (IFI). Inicialmente realizou-se inquérito em área endêmica para seleção dos animais soronegativos. Cães domiciliados foram submetidos a: 1) exame clínico; 2) coleta de sangue (soro e papel filtro) para a realização das técnicas de ensaio imunoenzimático (EIE), IFI e reação em cadeia da polimerase (PCR); e 3) biópsia de pele para o exame parasitológico (cultura), histopatológico e imunohistoquímico. Os resultados são apresentados em dois manuscritos submetidos para publicação: o primeiro descreve os resultados obtidos do inquérito realizado na região de Carapiá, onde 305 cães foram avaliados. L. (L.) chagasi foi isolada de nove animais, resultando em uma prevalência de 3%. Nos testes sorológicos a sensibilidade e especificidade foram, respectivamente, 100% e 96,6% para a EIE; 100% e 65,5% para a IFI utilizando o ponto de corte de 1:40, titulação empregada pelo Ministério da Saúde para o controle da LVA; 100% e 83,4% para a IFI com ponto de corte de 1:80; e de 22,2% e 97,0% para a IFI em papel filtro As razões de verossimilhança (RV) para os resultados positivos foram de 29, 4 no EIE, 2,98 na IFI 1:40, 6,02 na IFI 1:80 e 7,4 na IFI em papel filtro. No segundo manuscrito, apresenta-se o resultado da avaliação clínica e laboratorial de 146 cães negativos IFI em papel filtro selecionados aleatoriamente. Nesse grupo, encontrou-se uma soroprevalência de 34,9% e 6,8% às técnicas de IFI 1:40 e EIE, respectivamente. Foi possível isolar L. (L.) chagasi de cinco cães, demonstrando que a IFI em papel filtro, empregada na triagem dos animais, não permitiu identificar estes cães infectados. Os resultados apresentados demonstram que cães infectados possam estar permanecendo nas áreas endêmicas, dando continuidade ao ciclo da doença
Abstract
The American Visceral Leishmaniasis (AVL) represents a major problem of public health in Brazil, and domestic dog is the main source for the vector infection. The purpose of this study was to identify the permanence of infected dogs by Leishmania (Leishmania) chagasi in endemic area, after serological survey in the Municipality of Rio de Janeiro, using samples collected in filter paper (eluate) and processed by indirect immunofluorescence (IIF) technique. Initially, an inquiry in endemic area for selection of seronegative animals was done. Domiciliated dogs were submitted to: 1) clinical examination; 2) collection of blood (serum and filter paper) for the techniques of immunoenzymatic assay (EIA), indirect immunofluorescence (IIF) and polymerase chain reaction (PCR) and 3) skin biopsy for parasitological (culture), histopathological and immunohistochemical exams. The results are presented in two manuscripts submitted for publication: the first one describes the results of a survey conducted in the region of Carapiá, where 305 dogs were evaluated. L. (L.) chagasi was isolated in nine animals, resulting in a prevalence of 3% In serological tests the sensitivity and specificity were, respectively, 100% and 96.6% for EIA, 100% and 65.5% for IIF using the cutoff of 1:40, titre utilizated by Ministry of Health for AVL control; 100% and 83.4% for IIF with the cutoff of 1:80, and 22.2% and 97.0% for IIF in filter paper. The likelihood ratio (LR) for positive results were 29.4 for EIA, 2.98 for 1:40 IIF, 6.02 for 1:80 IIF and 7.4 for filter paper IIF. The second manuscript showed the results of clinical and laboratorial evaluation of 146 dogs negative in filter paper IIF that were randomly selected. In this group, the seroprevalences were 34.9% and 6.8% in the techniques of 1:40 IIF and EIA, respectively. It was possible to isolate L. (L.) chagasi of five dogs, which demonstrated that filter paper IIF used in the screening of animals failed to identify those infected dogs. The presented results showed that infected dogs might be remaining in endemic area, giving continuity to the cycle of disease
Share