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- IFF - Teses de Doutorado [172]
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CRESCIMENTO E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE RECÉM-NASCIDOS MENORES QUE 32 SEMANAS OU 1500G: ESTUDO DE COORTE
Villela, Letícia Duarte | Date Issued:
2017
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: a restrição do crescimento intrauterino e extrauterino contribui para o déficit de massa magra, que é o principal componente responsável pelo baixo peso. Este é considerado um fator de risco para o desencadeamento de doenças cardiovasculares e metabólicas tanto por ser um indicador de massa muscular baixa como por se associar à recuperação do crescimento à custa de um aumento rápido da gordura corporal. Objetivo: analisar, longitudinalmente, o crescimento e a composição corporal dos recém-nascidos com menos de 32 semanas ou 1.500g, do nascimento até 5 meses de idade corrigida. O objetivo específico do estudo foi avaliar a relação da restrição do crescimento intrauterino ou extrauterino com a massa livre de gordura, a massa de gordura, o percentual de gordura corporal e o percentual de água corporal nas idades corrigidas: termo, 1, 3 e 5 meses.Metodologia: estudo de coorte com recém-nascidos com menos de 32 semanas ou 1.500g, admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Instituto Nacional em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) entre 2012 e 2016. Esses recém-nascidos foram incluídos na idade corrigida de termo (40 semanas). A curva de Fenton foi utilizada na classificação dos grupos no momento do nascimento e do termo. Os recém-nascidos foram classificados ao nascer como pequenos para a idade gestacional (PIG) se o peso de nascimento fosse menor que o percentil 10 e como adequados para a idade gestacional (AIG) se fosse maior ou igual ao percentil 10. Os recém-nascidos foram classificados ao nascer como pequenos para a idade gestacional (PIG) se o peso de nascimento fosse menor que o percentil 10 e como adequados para a idade gestacional (AIG) se fosse maior ou igual ao percentil 10. Os recém-nascidos AIG foram reclassificados na idade corrigida do termo quanto à restrição do crescimento extrauterino: com restrição se o escore Z do peso para a idade fosse \F03C a - 2 DP e sem restrição se fosse \F0B3 a - 2 DP (grupo não exposto). Foram realizadas antropometria, bioimpedância elétrica e pletismografia com deslocamento de ar nas idades corrigidas: termo e 1, 3 e 5 meses. Resultados: os recém-nascidos com restrição do crescimento extrauterino apresentaram o crescimento e a composição corporal semelhantes aos dos recém-nascidos PIG. Foi observada maior frequência de hipertensão arterial materna e de alteração no Doppler fetal nos recém-nascidos restritos (PIG e AIG restrito) que nos AIG sem restrição do crescimento extrauterino. Os recém-nascidos PIG e AIG restritos apresentaram menores escores Z do peso, comprimento e perímetro cefálico, massa livre de gordura, massa de gordura e percentual de gordura corporal na idade corrigida de termo em comparação com os AIG sem restrição. Entretanto, já no primeiro mês de idade corrigida, houve maior velocidade de ganho de percentual de gordura corporal nos grupos PIG e AIG restritos em comparação com o grupo não exposto. Conclusões: os recém-nascidos restritos acumularam mais gordura corporal que os sem restrição no primeiro mês de idade corrigida. Essa precocidade das modificações corporais em recém-nascidos que provavelmente apresentaram restrição do crescimento fetal pode contribuir com o de risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Possivelmente as medidas de composição corporal inseridas na prática clínica das unidades de terapia intensiva neonatais contribuirão com o tratamento nutricional.
Abstract
Background: intrauterine and extrauterine growth restriction contribute to
the lean mass deficit, which is the main component for low weight. This is
related to modifications in the body composition, which raises concerns about the risk of cardiovascular and metabolic diseases, not only for being an indicator of low lean mass but also for being associated with the precocious catch-up in fat. Objective: to analyse longitudinally growth and body composition in preterm infants with a gestational age less than 32 weeks or 1500g from birth to 5 months of corrected age. The specific objective was to analyse the relationship between intra or extrauterine growth restriction with the fat-free mass, fat mass, percentage of fat mass and percentage of total body water at term age and 1,3 and 5 months of corrected age. Method: a cohort of preterm infants, with a gestational age less than 32 weeks or 1500g admitted in the Neonatal Intensive Care Unit of the Instituto Nacional em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) during the period of 2012 to 2016. Infants were classified as small for gestational age (SGA) if their birth weight was less the 10th percentile and as appropriate for gestational age (AGA) if their birth weight was equal or higher to the 10th percentile of Fenton’s growth chart. These preterm infants were included in the study at term age (40 weeks), when the AGA preterm infants were reclassified regarding extrauterine growth restriction: “with restriction” if weight Z-scores were less the -2SD and “without restriction” if the
weight Z-scores were equal or higher than -2SD (non- exposed) of Fenton’s growth chart. Anthropometry, electric bioimpedance and air displacement plethysmography were performed at the corrected ages: term age, 1, 3 and 5 months. Results: extrauterine growth retricted preterm infants showed growth and body composition similar to the SGA infants. The restricted groups (SGA and AGA restricted) showed a greater proportion of maternal arterial hypertension and abnormalities of fetal Doppler indexes than the non-restricted one. At term, the Z-scores of weight, length and head circumference; fat-free mass and percentage fat mass were significantly lower in the restricted preterm infants (SGA and AGA restricted) compared to that of the non-restricted AGA infants.
Nevertheless, the difference of percentage fat mass was not significant at 1 month of corrected age, pointing to a greater percent of fat mass gain velocity than fat-free mass gain in restricted infants among term age plus 1 month. Conclusion: the restricted preterm infants accumulated more fat than non-restricted preterm infants during the first month of life; therefore, they showed a fat-free mass deficit and a catch-up in fat earlier than a catch-up in body weight and length. The precocity of these body composition modifications in restricted preterm infants can contribute to the risk of metabolic syndrome and cardiovascular diseases. Future research on nutritional ingestion and body composition during this period can improve nutritional management and modify the risk for long-term morbidities. Perhaps in the future the body composition assessment will be part of the clinical practice at neonatal intensive care units.
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