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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25122
SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS PANDÊMICO INFLUENZA A(H1N1)PDM09 EM PACIENTES COM HIV/AIDSANA CRISTINA GARCIA FERREIRA
Ferreira, Ana Cristina Garcia | Date Issued:
2013
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A influenza é responsável por significativa morbimortalidade, sendo mais frequente em alguns grupos populacionais, como os indivíduos com imunodeficiência. Dados sobre o impacto do vírus Influenza A(H1N1)pdm09 em pacientes com HIV/AIDS são escassos e limitados a pacientes com síndrome gripal que procuram serviços de saúde, o que em geral subestima a prevalência da infecção devido à não contabilização de casos brandos ou assintomáticos. Entre março e agosto de 2010, 256 pacientes adultos com HIV/AIDS ainda não vacinados foram incluídos em um ensaio clínico de vacina anti-Influenza A(H1N1)pdm09 no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Rio de Janeiro. Os títulos de anticorpos de 254 amostras pré-vacinais foram analisados com o objetivo de estimar de forma mais acurada a soroprevalência contra o vírus Influenza A(H1N1)pdm09 nessa população e sua associação com dados demográficos, clínicos e laboratoriais, no intuito de tentar guiar decisões para estratégias de programas de vacinação e para a prática clínica. Com uma média de 42,2 anos, predomínio de homens, baixo percentual de antecedente de vacinação contra influenza sazonal e 23,6% dos pacientes com comorbidades, a população estudada apresentava uma média de contagem de linfócitos CD4 de 583,2 células/mm3, 80% em uso de TARV A metodologia utilizada para avaliar a soroprevalência foi a inibição de hemaglutinação (HI) e 34,3% dos pacientes apresentaram títulos considerados compatíveis com soroproteção (HI \2265 1:32). Sexo feminino e presença de comorbidades foram significantemente associados à maior soroproteção na análise univarida e no modelo de regressão logística, o que pode ser decorrente de uma maior frequência desses grupos populacionais nos centros de saúde e, consequentemente, maior exposição ao vírus InfluenzaA(H1N1)pdm09. O grau de imunodeficiência no momento da avaliação não se mostrou associado a uma menor soroproteção pré-vacinal. Por outro lado, vacinação prévia contra influenza sazonal não aumentou significativamente a soroproteção, reiterando a necessidade de vacinação específica no caso de uma nova pandemia de influenza
Abstract
Influenza is responsible for significant morbidity and mortality and is more common in some groups, including people with immunodeficiency. There are limited data of the impact of pandemic virus (H1N1) 2009 influenza in patients living with HIV/AIDS, usually obtained from patients with ILI seeking health services, what usually underestimate the prevalence of infection due to not accounting mild or asymptomatic cases. Between March and August 2010, 256 adults with HIV/AIDS, not yet vaccinated against Influenza A(H1N1)pdm09, have been enrolled in a vaccine clinical trial at the Evandro Chagas Clinical Research Institute in Rio de Janeiro. We analyzed the antibody titers of 254 pre-vaccination samples performed with the aim to better estimate the prevalence of Influenza A(H1N1)pdm09 in this population and associate this with demographic, clinical and laboratorial data, in order to try to guide strategies for vaccination programs and decisions for clinical practice. The study population have an average of 42.2 years, male predominance, low percentage of previous history of vaccination against seasonal influenza and 23.6% of the volunteers presented at least one comorbidity, besides a high rate of AIDS (84.3%), median CD4 count of 583.2 cells/mm3 and 80% were in use of antiretroviral therapy. Antibody titers were measured by use of hemagglutination inhibition (HI) and 34.3% of patients had titers considered seroprotection (HI \2265 1:32) Female gender and comorbidities were significantly associated with higher seroprotection in the univariate analysis and the multivariate logistic regression, which may be due to higher environmental exposure to the virus in these patients and emphasizes the importance of the precautionary approach in clinical practice, especially in those subgroups. No significant correlation was observed between seroprotection and factors related to HIV immunosuppression, suggesting that, in a similar population, the immune deficiency does not interfere with development of seroprotection. Also, prior seasonal influenza vaccination did not significantly increase seroprotection, reaffirming the need of specific vaccination in case of a new influenza pandemic
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