Abstract in Portuguese | O texto aborda a intolerância como origem e sintoma da barbárie, destacando seu enraizamento em ambientes conservadores e visões reacionárias que ganham espaço globalmente. A intolerância surge quando indivíduos, instituições ou grupos se consideram detentores absolutos da verdade. Originada da combinação de ignorância e arrogância, afeta a saúde das pessoas e é um problema que envolve o Estado e toda a sociedade. O autor destaca a influência do monoteísmo, da ideia de "povo escolhido" e da imposição religiosa na história, causando momentos de dominação, extermínio e crueldade. Além disso, aponta a intolerância relacionada à assimetria de poder entre etnias, conceitos de raça e desigualdades de gênero, afetando a diversidade sexual e a liberdade das mulheres globalmente. No âmbito político, o sectarismo é visto como um inimigo do diálogo e da democracia. O Brasil, apesar de sua diversidade, é mencionado como permeado por preconceito e intolerância, com destaque para o preconceito contra a população LGBT, que só é menor que o existente contra ateus e usuários de drogas. O texto propõe que o antídoto para a intolerância não é apenas a tolerância, mas sim a liberdade para o exercício de direitos e o respeito à diversidade. A reflexão sobre a intolerância na edição enfatiza que o respeito é uma escolha deliberada, permitindo o encontro dialógico com o Outro. O texto destaca exemplos de resistência e luta por direitos, como manifestações indígenas, condenação do uso de agrotóxicos, avanços legislativos em biodiversidade e inclusão de pessoas com deficiência, e mobilização de grupos em questões de saúde. O contraste entre a barbárie e a defesa dos direitos é evidenciado nas análises sobre violência contra a mulher e propostas de legislação que afetam diversos grupos sociais. | pt_BR |