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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20267
RADIS - NÚMERO 76 - DEZEMBRO
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca | Date Issued:
2008
Responsible institution
Abstract in Portuguese
Na década de 70, durante o início da crise do Estado de Bem-Estar Social, a Organização Mundial de Saúde reuniu representantes de vários países no Cazaquistão, resultando na aprovação da Declaração de Alma Ata. Essa declaração enfatizou a saúde como um direito humano fundamental, a ser garantido pelos Estados nacionais. Enquanto o neoliberalismo triunfava, ocorreu uma reunião em Porto Alegre que reuniu milhares de especialistas em saúde coletiva, onde se analisou a epidemiologia contemporânea e se comprometeu a combater as desigualdades em saúde e seus determinantes estruturais. Os principais tópicos do evento estão refletidos na cobertura jornalística, que combina análises amplas com discussões metodológicas e investigações sobre a vulnerabilidade das pessoas em um mundo cada vez mais desigual. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou ameaças à saúde, incluindo o uso indiscriminado de agrotóxicos no campo e questões de transporte nas cidades. Outras discussões abordaram como a globalização transformou a água, o ar e a saúde em commodities mercantilizadas, tornando o neoliberalismo uma ameaça aos direitos. Um estudo mencionado na seção Súmula demonstrou que mudanças no mercado de trabalho ampliaram a desigualdade entre ricos e pobres, inclusive em países desenvolvidos. O texto também ressaltou o aumento dos custos para agricultores que adotaram cultivos transgênicos, apesar da expectativa de que os produtos se tornariam mais acessíveis devido à produção em larga escala. Houve também preocupações com a inundação do mercado brasileiro por agrotóxicos proibidos em outros países devido ao poder das corporações. Por fim, a matéria mencionou um prêmio de jornalismo patrocinado por uma empresa de assistência médica privada em São Paulo, que criticou os direitos conquistados pela reforma antimanicomial. No entanto, também destacou a esperança em relação à chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, com a perspectiva de um possível sistema de saúde gratuito para os americanos.
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