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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19749
COMISSÃO RONDON, POLÍTICA E SAÚDE NA AMAZÔNIA: A TRAJETÓRIA DE JOAQUIM AUGUSTO TANAJURA NO ALTO MADEIRA (1909-1919)
Vital, André Vasques | Date Issued:
2011
Alternative title
Comissão Rondon, politics and health in the Amazon: the trajectory of Joaquim Augusto Tanajura in Alto Madeira (1909-1919)Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A dissertação tem por objetivo analisar a trajetória do médico Joaquim AugustoTanajura (1878-1941), desde o período em que atuou como chefe do serviço de saúde da Comissão Rondon (1909-1912), até o ultimo ano de seu primeiro mandato como superintendente de Porto Velho (1917-1919), quando fundou a Liga Pró-Saneamento do Rio Madeira e seus Afluentes, afiliada a Liga Pró-Saneamento do Brasil. A Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas,
mais conhecida como Comissão Rondon (1907-1915) tinha por objetivo principal estender quilômetros de linha telegráfica unindo Cuiabá, capital de Mato Grosso a Santo Antônio do Madeira, na divisa com o estado do Amazonas. Além desse objetivo, fazia parte da missão o reconhecimento da região norte de Mato Grosso a partir de estudos científicos sobre a
região, de modo a mapear as possibilidades de inserção local ao sistema produtivo nacional, entregando os ‘sertões do noroeste à civilização’.
Apesar dos esforços empregados, os objetivos de integração territorial através do fio telegráfico foram frustrados pelo problema das doenças. No entanto, o legado da Comissão Rondon para a região ultrapassou aquilo que foi imaginado pelo governo brasileiro. A dissertação sugere que a interação do médico Joaquim Tanajura com a população local e
seus males propiciou a sua entrada na política, resultando em reflexões sobre o saneamento da região e medidas visando salvaguardar a saúde dos habitantes. Sua atuação na política local implicou também na busca pela construção de uma imagem diferente e positiva do Alto Madeira, desvinculada das doenças tropicais e na inserção das idéias do movimento sanitarista de fins da década de 1910 na região. Desse modo, sua permanência no Madeira manteve a agenda de estender os ‘benefícios da civilização’ aos sertões para além da construção da linha telegráfica na região.
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