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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16104
ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS EM CÃES COM LEISHMANIOSE VISCERAL NATURALMENTE INFECTADOS DO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ-BA (BRASIL)
Munford, Nanci Derevtsoff | Date Issued:
2016
Author
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil
Abstract in Portuguese
INTRODUÇÃO: Leishmaniose visceral é uma zoonose grave que acomete uma
gama de animais. O cão é considerado o principal reservatório urbano da
Leishmania infantum e pode ser clinicamente assintomático ou sintomático na
infecção. Poucos estudos abordam os aspectos clínicos e histopatológicos na
leishmaniose visceral, sobretudo estudos sistemáticos, que fazem descrição
detalhada dos achados de histopatologia e façam a correlação desses aspectos na
doença. A hipótese da pesquisa é que cães naturalmente infectados com L.
infantum apresentam alterações histopatológicas distintas que se relacionam com as
manifestações clínicas, tendo significados diagnóstico e prognóstico. OBJETIVO: O
objetivo do trabalho foi a descrição sistemática das alterações histopatológicas
encontradas nos diversos órgãos de cães com leishmaniose visceral naturalmente
infectados, correlacionando com diferentes manifestações clínicas. MÉTODOS: Para
este estudo foram coletados amostras e dados provenientes de 58 cães do
município de Jequié-Ba, área endêmica para leishmaniose. Os cães foram
submetidos a exame clínico, eutanásia e coleta de material para PCR, ELISA e
cultura, além de fragmentos de fígado, baço, linfonodo, pele, intestino, rins e
pulmões. Os animais foram classificados em assintomáticos, quando apresentaram
até dois sinais, e sintomáticos, quando exibiram mais de dois sinais. Cães com
positividade simultânea nos testes de cultura esplênica, ELISA e PCR tiveram cortes
dos tecidos submetidos a procedimento imunoistoquímico para avaliação da carga
parasitária em linfonodo, baço e fígado. Lâminas dos fragmentos obtidos foram
avaliadas sob microscopia óptica para análise das alterações. RESULTADOS: Ao
todo, nove animais foram classificados como assintomáticos e 49 sintomáticos. Os
58 cães da pesquisa foram positivos em pelo menos um dos testes realizados para
diagnóstico da infecção: PCR (n=91,38%), ELISA (n= 84,48%) ou cultura esplênica
(n= 34,48%). No fígado, a linfocitose intrassinusoidal moderada se mostrou mais
frequente no grupo dos sintomáticos (p=0,008). Nos demais parâmetros hepáticos,
os grupos não obtiveram diferenças estatisticamente significantes. No baço,
linfonodo, intestino, pele, rins e pulmões, as alterações se comportaram de forma
semelhante entre as manifestações clínicas. A maior carga parasitária foi
encontrada no baço. CONCLUSÃO: As alterações histopatológicas não mostraram
diferenças entre as manifestações clínicas.
Abstract
INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis is a serious zoonosis that affects a range of
animals. The dog is considered the main urban reservoir of Leishmania infantum
and may be clinically asymptomatic or symptomatic in infection. Few studies address
the clinical and histopathological aspects in visceral leishmaniasis, especially
systematic studies, which are detailed description of histopathology findings and
making the correlation of these aspects of the disease. The hypothesis of the
research is that dogs naturally infected with L. infantum have distinct histopathologic
changes that relate to the clinical manifestations, diagnosis and prognosis.
OBJECTIVE: The objective was the systematic description of histopathology found in
the various organs of dogs with visceral leishmaniasis naturally infected, correlated
with different clinical manifestations. METHODS: For this study were collected
samples and data from 58 dogs in the city of Jequié-Ba, endemic area for
leishmaniasis. The dogs underwent clinical examination, euthanasia and collection of
material for PCR, ELISA and culture, as well as fragments of liver, spleen, lymph
nodes, skin, intestine, kidneys and lungs. The animals were classified as
asymptomatic when presented two signs, and symptomatic when exhibited more
than two signals. Dogs with positive symptomatology for splenic culture, ELISA and
PCR were subjected to cuts tissue immunohistochemical procedure for evaluating
the parasite load in the lymph node, spleen and liver. Blades fragments obtained
were evaluated by optical microscopy for analysis of changes. RESULTS: In all, nine
animals were classified as asymptomatic and 49 symptomatic. The 58 dogs of the
survey were positive in one of the tests for the diagnosis of infection: PCR (n =
91.38%), ELISA (n = 84.48%) or splenic culture (n = 34.48%). In the liver, moderate
sinusoidal intra lymphocytosis was more frequent in the symptomatic group (p =
0.008). In other hepatic parameters, the groups no revealed statistically significant
differences. In spleen, lymph nodes, intestines, skin, kidneys and lungs, the changes
are similarly between the clinical manifestations. The largest parasitic load was found
in the spleen. CONCLUSION: The histopathological changes showed no differences
between the clinical manifestations
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