ENSP - RADIS - Comunicação e Saúde - 2008
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19799
2024-03-29T12:35:22ZRADIS - Número 76 - Dezembro
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20267
RADIS - Número 76 - Dezembro
Na década de 70, durante o início da crise do Estado de Bem-Estar Social, a Organização Mundial de Saúde reuniu representantes de vários países no Cazaquistão, resultando na aprovação da Declaração de Alma Ata. Essa declaração enfatizou a saúde como um direito humano fundamental, a ser garantido pelos Estados nacionais. Enquanto o neoliberalismo triunfava, ocorreu uma reunião em Porto Alegre que reuniu milhares de especialistas em saúde coletiva, onde se analisou a epidemiologia contemporânea e se comprometeu a combater as desigualdades em saúde e seus determinantes estruturais. Os principais tópicos do evento estão refletidos na cobertura jornalística, que combina análises amplas com discussões metodológicas e investigações sobre a vulnerabilidade das pessoas em um mundo cada vez mais desigual. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou ameaças à saúde, incluindo o uso indiscriminado de agrotóxicos no campo e questões de transporte nas cidades. Outras discussões abordaram como a globalização transformou a água, o ar e a saúde em commodities mercantilizadas, tornando o neoliberalismo uma ameaça aos direitos. Um estudo mencionado na seção Súmula demonstrou que mudanças no mercado de trabalho ampliaram a desigualdade entre ricos e pobres, inclusive em países desenvolvidos. O texto também ressaltou o aumento dos custos para agricultores que adotaram cultivos transgênicos, apesar da expectativa de que os produtos se tornariam mais acessíveis devido à produção em larga escala. Houve também preocupações com a inundação do mercado brasileiro por agrotóxicos proibidos em outros países devido ao poder das corporações. Por fim, a matéria mencionou um prêmio de jornalismo patrocinado por uma empresa de assistência médica privada em São Paulo, que criticou os direitos conquistados pela reforma antimanicomial. No entanto, também destacou a esperança em relação à chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, com a perspectiva de um possível sistema de saúde gratuito para os americanos.
RADIS é uma publicação da Fundação Oswaldo Cruz, editada pelo Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre Saúde), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).
2008-01-01T00:00:00ZRADIS - Número 75 - Novembro
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20266
RADIS - Número 75 - Novembro
O texto aborda a ideia de que a fronteira não é um mero limite, mas um espaço onde diferentes elementos convergem. No contexto do oeste brasileiro, a fronteira não demarca a presença de doenças como dengue, tuberculose, leishmaniose e malária, nem deve ser uma barreira para o fluxo de pessoas entre Brasil, Bolívia e Paraguai. O infectologista Rivaldo Venâncio destaca que a fronteira não é um muro e enfatiza a importância da solidariedade na atuação. O texto também menciona a necessidade de expandir o princípio de atendimento universal do Sistema Único de Saúde (SUS) para países vizinhos, como o Paraguai. Além disso, o texto aborda questões de saúde na região do Centro-Oeste do Brasil, enfatizando a importância da preservação dos biomas do Pantanal e Cerrado, regulamentação do agronegócio e agrotóxicos, atenção à saúde indígena e promoção da pesquisa, ensino e oferta de serviços de saúde. Outro tópico discutido é a necessidade de políticas públicas intersetoriais na área da saúde, conforme apontado no relatório da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. O texto também menciona a importância de superar a separação entre emissores e receptores na comunicação, promovendo a transformação em interlocutores e valorizando a produção conjunta de significados. Por fim, o texto faz menção à resistência dos gestores ao controle social na saúde, destacando a necessidade de mudanças nessa dinâmica, especialmente com a posse de novos prefeitos e secretários de saúde.
RADIS é uma publicação da Fundação Oswaldo Cruz, editada pelo Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre Saúde), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).
2008-01-01T00:00:00ZRADIS - Número 74 - Outubro
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20265
RADIS - Número 74 - Outubro
Nesta edição, destacam-se dois temas frequentemente negligenciados na formação profissional e nos serviços de saúde, bem como na mídia: a saúde do homem e a determinação social da saúde. Nos anos 1980, um programa de televisão abordava questões sobre a fragilidade masculina, em contraponto ao estereótipo do homem autoconfiante. No entanto, com as mudanças culturais desde a década de 1990, o foco na saúde do homem diminuiu. Estudos demonstram que os homens geralmente cuidam menos de sua saúde, buscando ajuda apenas quando os problemas se agravam, sendo essa atitude frequentemente vista como sinal de fraqueza. A matéria de capa explora a nova política de atenção à saúde do homem, que vai além da prevenção do câncer de próstata e requer mudanças culturais, incluindo uma nova perspectiva sobre a paternidade. Homens enfrentam desafios específicos, como maior consumo de álcool, tabagismo e riscos associados à inatividade física e excesso de peso. Além disso, a edição discute os determinantes sociais da saúde no Brasil, destacando um extenso relatório que aborda as causas sociais das desigualdades em saúde. Este documento fornece recomendações baseadas em dados e evidências científicas, buscando promover a equidade e ação. Essas mudanças requerem vontade política e a quebra de paradigmas culturais para combater desigualdades evitáveis e injustas no sistema de saúde.
RADIS é uma publicação da Fundação Oswaldo Cruz, editada pelo Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre Saúde), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).
2008-01-01T00:00:00ZRADIS - Número 73 - Setembro
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20264
RADIS - Número 73 - Setembro
Este texto aborda dois tópicos de destaque frequentemente negligenciados na formação profissional e na prestação de serviços de saúde: a saúde do homem e a determinação social da saúde. O autor relembra uma abordagem do passado sobre a desconstrução do estereótipo masculino e sua importância. No entanto, observa que, com as mudanças culturais e o neoliberalismo desde os anos 1990, a atenção à saúde masculina foi deixada de lado. Os homens tendem a cuidar menos de sua saúde e só procuram ajuda quando os problemas se agravam. O texto destaca a necessidade de mudanças culturais e políticas para abordar a saúde dos homens, incluindo questões como o consumo excessivo de álcool, tabaco, inatividade física e obesidade. A taxa de mortalidade entre os homens é particularmente alta devido à violência. Além disso, o texto menciona a importância de considerar os determinantes sociais da saúde e faz referência a um relatório extenso sobre as causas sociais das desigualdades em saúde no Brasil. Esse documento fornece recomendações baseadas em evidências científicas para a promoção da equidade na saúde. A segunda parte do texto aborda o combate às doenças sexualmente transmissíveis e ao HIV. Destaca o sucesso do programa público de prevenção e tratamento do HIV no Brasil, mas também aponta desafios, como a relação da mídia com o tema e a necessidade de controle social sobre as políticas públicas. O texto finaliza discutindo a regulação da publicidade de produtos prejudiciais à saúde, como medicamentos, tabaco, álcool e alimentos pouco saudáveis. Defende a necessidade de regulamentações mais rigorosas para proteger a saúde pública e critica a alegação de que isso representaria uma ameaça à liberdade de expressão comercial. No geral, o texto destaca a importância de abordar questões de saúde pública com base em evidências científicas e de promover políticas que visem à equidade e à proteção da saúde coletiva, mesmo diante de desafios culturais e econômicos.
RADIS é uma publicação da Fundação Oswaldo Cruz, editada pelo Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre Saúde), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).
2008-01-01T00:00:00Z