COC - PPGHCS - Teses de Doutorado
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14444
2024-03-28T10:54:07ZHistória da Colônia de mulheres no Engenho de Dentro (1911-1932)
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/63227
História da Colônia de mulheres no Engenho de Dentro (1911-1932)
Silva, Carine Neves Alves da
Esta pesquisa investiga as condições de criação, o funcionamento e o papel da primeira instituição psiquiátrica feminina do país, a Colônia de Alienadas de Engenho de Dentro, localizada no subúrbio do Rio de Janeiro e destinada a alienadas classificadas como indigentes transferidas do Hospital Nacional de Alienados, do ano de sua criação em 1911 até o ano de 1932, quando se encerrou a gestão do diretor Gustavo Riedel: Tem como objetivos específicos: (i) averiguar a implantação do modelo colonial na administração do médico Braule Pinto (1911-1918); (ii) pesquisar a organização de um extenso programa de higiene mental na instituição durante a gestão do médico e fundador da Liga Brasileira de Higiene Mental, Gustavo Riedel (1918-1932); (iii) compreender o lugar social da loucura feminina; e (iv) analisar o saber-poder-fazer psiquiátrico bem como explorar, de um lado, as perspectivas particulares dos psiquiatras e, de outro, as experiências e subjetividades das internas. A estratégia de pesquisa apoiou-se na análise de um grande corpus documental: histórias clínicas presentes em dossiês de internação, contendo, na maioria dos casos, o prontuário, a Guia de Recolhimento de Enfermos para o HN da Polícia do Distrito Federal e o resumo da observação médica feita no Pavilhão do Observação do Hospício Nacional de Alienados; em livros de observação, com anexos como exames laboratoriais, ofícios, relatórios e cartas de pacientes; livros de matrícula; documentos administrativos e econômicos; artigos, relatórios e correspondências médicas; e reportagens de jornais e revistas. A pesquisa documental possibilitou analisar os dados das pacientes sob uma perspectiva quantitativa e qualitativa
2022-01-01T00:00:00ZEmbaixadores da medicina soviética: médicos comunistas, saúde e propaganda política no Brasil (décadas 1930/1950)
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61759
Embaixadores da medicina soviética: médicos comunistas, saúde e propaganda política no Brasil (décadas 1930/1950)
Miranda, Gabriela Alves
O objetivo da tese de doutorado é analisar a divulgação da medicina e da saúde soviética no Brasil por meio de livros de viagem à URSS escritos por médicos brasileiros e de periódicos como a revista Atualidades Médicas e Biológicas, que circulou entre 1951 e 1960. Entre os relatos de viagens, foram selecionados para análise os mais significativos e publicados em dois diferentes contextos históricos na URSS e no Brasil: os dos médicos Maurício de Medeiros e Osório Thaumaturgo Cesar no início dos anos 1930 e o dos médicos Milton Lobato e Reinaldo Machado e o do médico Raul Ribeiro da Silva em meados da década de 1950. A divulgação da medicina soviética e do modelo estatal de saúde pública foi parte da diplomacia cultural e científica da URSS desde o período do entre guerras e alcançou importância inédita durante a Guerra Fria com o patrocínio de publicações, viagens, festivais e congressos. Médicos brasileiros, membros do Partido Comunista (PCB) ou simpatizantes do socialismo, relataram em livros e artigos suas experiências na União Soviética, seu encantamento com os avanços científicos e tecnológicos, com a organização e a remuneração dos profissionais de saúde, com as instituições educacionais e de pesquisa e com os programas de saúde pública. Parte significativa dessas publicações foram veiculadas pela imprensa comunista e popular no Brasil como propaganda política e como informação sobre aspectos positivos que seriam desconhecidos dos médicos brasileiros e do grande público devido aos preconceitos e ao anticomunismo veiculados pela grande imprensa.
2023-01-01T00:00:00ZAscensão e queda da saúde na política externa brasileira (PEB) 1995-2015: o caso da comunidade dos países de língua Portuguesa (CPLP)
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61758
Ascensão e queda da saúde na política externa brasileira (PEB) 1995-2015: o caso da comunidade dos países de língua Portuguesa (CPLP)
Camara, Erica Kastrup Bittencourt e
Este trabalho apresenta o processo de ascensão e queda da saúde na política externa brasileira entre os anos de 1995 e 2015, período que compreende dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), dois governos de Lula da Silva (2003-2010) e um governo e meio de Dilma Rousseff (2011-2015), tendo como estudo de caso a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Este processo é analisado a partir de duas vertentes: os discursos e ideias defendidas pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio e Organização Mundial da Saúde e a oferta de cooperação técnica na CPLP. A pesquisa utilizou revisão bibliográfica em livros e artigos científicos nas áreas de história da saúde e saúde pública e relações internacionais, pesquisa em documentos em arquivo no Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz e entrevistas com atores que participaram desse processo. Os principais resultados indicam que a participação do Brasil nos primeiros 20 anos da saúde global tem relação com experiências de construção e implementação do SUS e a participação de atores do sanitarismo progressista nacional no Ministério da Saúde. Nesse processo, o país transitou entre defesa do acesso universal aos medicamentos e a defesa do fortalecimento de sistemas de saúde com atenção aos determinantes sociais da saúde, elaborando o conceito de cooperação Sul-Sul estruturante e buscando conformar a diplomacia da saúde sob perspectivas solidárias. No final do período, o desinteresse de Dilma Rousseff pelo soft power, escolhas polêmicas do governo nacional e a falta de sustentação social do projeto contribuíram para o seu declínio.
2023-01-01T00:00:00ZAdoecer e se queixar: escravidão e doença no Santiago do Chile (1740-1823)
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61757
Adoecer e se queixar: escravidão e doença no Santiago do Chile (1740-1823)
Araya Fuentes, Tamara Alicia
Trata da relação entre as pessoas escravizadas e suas experiências de doenças no Chile colonial tardio e as primeiras décadas da República. Tem como objetivo principal entender e refletir cómo as pessoas escravizadas viveram as doenças, e compreender como esse fenômeno conseguiu desestabilizar, remover, discutir, modificar e pleitear a escravidão. Em outras palavras argumento que a experiencia da doença impactou de manera particular as vidas das pessoas escravizadas de origem afrodescendente num contexto onde predominou a escravidão urbana e doméstica, e que permitem observar como questões comuns de saúde subtilmente minaram elementos da escravidão, que por sua parte é entendido como uma relação e uma instituição. Esto parte de um entendimento inicial quem entende a doença como um fenômeno mórbido e cultural, que é integrado por diferentes elementos, tais como o corpo, a cor, a dor e a queixa, ou capacidade de reclamação. Minha pesquisa se baseia principalmente em processos civis e crimes, complementados com documentos administrativos do Cabildo, ou Municipio de Santiago, papeis do escrivão como vendas, testamentos e inventários, assim como documentos médicos e livros hospitalares. Os registros informam sobre o contexto colonial chileno tardio das últimas décadas do domínio Bourbônico, até a Independência política durante as primeiras décadas do século XIX.
2023-01-01T00:00:00Z