Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueirahttps://www.arca.fiocruz.br/handle/123456789/22024-03-28T15:42:36Z2024-03-28T15:42:36ZA qualidade do sono em crianças e adolescentes com fibrose císticaRamalho, Fernandahttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/632232024-03-26T18:48:31Z2024-01-01T00:00:00ZA qualidade do sono em crianças e adolescentes com fibrose cística
Ramalho, Fernanda
A fibrose cística (FC) consiste em uma doença genética, autossômica recessiva e
que afeta múltiplos sistemas, tendo enfoque nos sistemas respiratório e digestório.
Ela é produto de uma mutação no gene CFTR, resultando em alterações na
conformação mucociliar dos indivíduos, tornando o trato respiratório mais
suscetível a infecções, obstruções de vias aéreas de menor calibre e a um estado
inflamatório constante. Esta alteração na mecânica ventilatória resulta em uma
série de alterações sistêmicas que afetam a qualidade de vida do indivíduo, dentre
as quais iremos destacar o sono. O sono é uma necessidade primária básica e
durante seu processo, o corpo humano repousa, promove o fortalecimento do
sistema imunológico, regula a pressão arterial e glicemia, secreção de hormônios
do crescimento, dentre outras funções essenciais para a vida. Nas crianças e
adolescentes com FC, este sono ainda está escassamente descrito, portanto, há
pouco conhecimento a respeito de suas implicações na vida destes indivíduos.
Este trabalho visa avaliar a qualidade do sono nas crianças e adolescentes com
FC em um centro de referência público na cidade do Rio de Janeiro, Brasil -
Instituto Fernandes Figueira (IFF) / FIOCRUZ. Para tanto, foi aplicado aos pais de
crianças e adolescentes com o diagnóstico de FC um questionário sobre seus
hábitos de sono e coletadas informações em seus prontuários como, dados
antropométricos e resultados da prova de função pulmonar. Foram analisados um
total de 17 questionários. Destes, 10 pertenciam ao sexo feminino e 7 ao
masculino. Observou-se que, nesta amostra, prevaleceu o médio risco para o
desenvolvimento de distúrbios do sono. Todos os pacientes classificados como
possuindo alto risco de desenvolver distúrbios do sono, apresentaram valores de
VEF1%, CVF e VEF1%/CVF abaixo do predito. Ainda há poucos estudos sobre o
sono de crianças e adolescentes com FC e uma análise mais aprofundada pode
contribuir de forma expressiva na otimização de seus tratamentos e na melhoria
de sua qualidade de vida. Palavras-chave: fibrose cística, sono, fisioterapia,
pediatria, criança, adolescente, adoecimento crônico, questionário
2024-01-01T00:00:00ZConhecimento dos cuidadores dos pacientes de Fibrose Cística sobre o medicamento pancreatina em um hospital de referência no Rio de JaneiroGarcia, Gabriel Gasparhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/632092024-03-26T13:44:05Z2024-01-01T00:00:00ZConhecimento dos cuidadores dos pacientes de Fibrose Cística sobre o medicamento pancreatina em um hospital de referência no Rio de Janeiro
Garcia, Gabriel Gaspar
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença de cunho genético, ocasionada por uma mutação no gene “cystic fibrosis transmembrane conductance regulator” (CFTR). O uso de medicamentos é um pilar essencial do tratamento para retardar a progressão desta doença e causar uma melhor qualidade de vida ao paciente. O tratamento consiste muitas vezes em diversos medicamentos, que incluem também classes farmacológicas distintas, entre eles, a pancreatina. Como na fibrose cística há a utilização de muitos medicamentos, é essencial para que haja uma avaliação de como os cuidadores de FC estão sendo orientados e a eficiência desse processo. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos cuidadores de pacientes com fibrose cística do atendidos ambulatorialmente sobre o medicamento pancreatina em um hospital de referência no Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um estudo observacional com caráter analítico e descritivo, com o intuito de medir o conhecimento dos cuidadores dos pacientes de Fibrose Cística sobre o medicamento pancreatina em um hospital de referência no Rio de Janeiro. Para atender aos objetivos específicos do estudo serão realizadas diferentes etapas. A coleta de dados será realizada pelo pesquisador durante os meses de Junho até Outubro de 2023 na farmácia ambulatorial do instituto estudado, às quartas-feiras de 08:00 às 12:00h. Para atender o primeiro objetivo específico, avaliar o conhecimento dos cuidadores acerca do medicamento pancreatina, será aplicado o questionário Conhecimento do Cuidador sobre Os Medicamentos (CPM-C) aplicado para os cuidadores de pacientes que tem os seus medicamentos dispensados pela farmácia ambulatorial do instituto estudado. Para atingir o segundo objetivo específico, identificar quais fatores podem interferir no conhecimento cuidadores de pacientes com fibrose cística sobre o medicamento pancreatina, serão realizadas entrevistas estruturadas utilizando o Roteiro de Entrevista Sociodemográfico. Resultados: Foram entrevistados 16 cuidadores, dos quais 10 (62,5%) deles eram mulheres, a idade predominante de 44 a 49 anos (31,25%), de escolaridade majoritariamente de ensino médio completo (37,5%) e maior parte eram cuidadores de pacientes que utilizavam a pancreatina entre dois a cinco anos (43,75%). Sobre o conhecimento dos cuidadores sobre o medicamento, a maior parte teve conhecimento insuficiente sobre a pancreatina (50%), as perguntas sobre processo de uso tiveram melhores médias de nota e as sobre segurança as menores. A pergunta com a maior porcentagem (94%) de respostas incorretas foi sobre precauções e a com maior número de respostas corretas (88%) foi a de duração do tratamento. Conclusão: Foi identificado que existe uma lacuna no conhecimento dos cuidadores sobre o medicamento pancreatina, visto que maior parte resultado de conhecimento insuficiente e ausente. Além disso, foi identificado um déficit maior no conhecimento das perguntas sobre precaução, contraindicações e reações adversas. Não foi identificada relação direta entre conhecimento dos cuidadores sobre o medicamento e escolaridade e tempo de uso de pancreatina.
2024-01-01T00:00:00Z"É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”: a universalização da política de educação infantil como estratégia de enfrentamento à divisão sexual e racial do trabalhoBoaventura, Julia da Silvahttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/631872024-03-26T13:54:26Z2024-01-01T00:00:00Z"É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”: a universalização da política de educação infantil como estratégia de enfrentamento à divisão sexual e racial do trabalho
Boaventura, Julia da Silva
O presente projeto de pesquisa busca problematizar a tensão entre trabalho e família investigando o déficit existente na relação entre política de educação infantil e inserção feminina no universo do trabalho, uma vez que esta deveria ser uma política de minimização dos impactos da divisão sexual e racial do trabalho na vida das mulheres com filhos pequenos. A identificação do debate étnico racial se dá no sentido de detectar se a lei reconhece a realidade social brasileira, uma vez que, as mulheres que mais necessitam da Política de educação infantil são mulheres pobres e, no Brasil, a pobreza tem cor, estamos falando de mulheres negras. A metodologia a ser adotada para realização da pesquisa será de análise documental utilizando dados legais e da sociedade civil que versam a respeito da política de educação infantil a fim de investigar em que medida esses documentos consideram o universo do trabalho informal e, consequentemente, os indivíduos inseridos nesse universo, majoritariamente, mulheres mães negras. Para ilustrar a realidade brasileira tanto com relação ao déficit de vagas na educação infantil, como com relação a ocupação de postos de trabalho informais, serão utilizados dados da PNAD Contínua dos anos de 2015 e 2022.
2024-01-01T00:00:00ZChegas e Partidas: análise das tessituras dos vínculos no cenário da desospitalização pediátrica na perspectiva dos trabalhadores do campo hospitalarFranco, Beatriz Fariahttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/631392024-03-21T13:41:52Z2024-01-01T00:00:00ZChegas e Partidas: análise das tessituras dos vínculos no cenário da desospitalização pediátrica na perspectiva dos trabalhadores do campo hospitalar
Franco, Beatriz Faria
As crianças com condições crônicas complexas (CCC) necessitam de cuidados contínuos e permanentes em diferentes níveis de atenção à saúde e por vezes vivenciam internações de longa permanência. Devido às interações dos pacientes com os trabalhadores do campo hospitalar, sejam profissionais de saúde ou equipes de apoio aos processos de trabalho em saúde, são tecidos vínculos afetivos de várias naturezas. São aproximações naturais pautadas nas tarefas do cuidado e nos sentimentos de empatia e compaixão. Nesse sentido, a ida da criança para casa, resultante da desospitalização, promove rupturas nos vínculos entre os pacientes e os trabalhadores do campo hospitalar, podendo gerar reações positivas ou negativas inerentes aos processos de separação. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivos analisar as tessituras dos vínculos no cenário da desospitalização pediátrica e compreender os impactos emocionais vivenciados por profissionais de saúde e equipe de apoio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória que utilizará a análise de narrativas como método de tratamento de dados. Foram realizadas 9 entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde atuantes na Unidade Intermediária (UI) e na Unidade de Pacientes Internados (UPI) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Os resultados e a discussão foram separados em 3 eixos: compreensão acerca do processo hospital-casa para casa-hospital, referente ao processo de desospitalização e ao pilares destacadas pelos participantes; os diferentes tipos de vínculo, tendo destaque: vínculo mãe-bebê; vínculos e famílias (incluindo o paciente); vínculos entre redes e territórios; e os vínculos ocultos; e por fim, vínculos e impactos emocionais, em que é discutido o surgimento de diferentes emoções durante narrativa dos profissionais acerca do processo de desospitalização. Concluiu-se que as situações vivenciadas pelos trabalhadores no contexto da internação prolongada e do processo de desospitalização podem ser potencialmente estressantes e desencadear diferentes tipos de emoções e sentimentos.
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